Pazuello critica Doria por vacinar primeiro brasileiro em SP: "Não faremos uma jogada de marketing"

Por Redação em 17/01/2021 às 16:58:01

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, fez um pronunciamento neste domingo, 17, após aprovação do uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19: a CoronaVac, fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan, e a de Oxford, desenvolvida pela universidade inglesa em parceria com o laboratório AstraZeneca e produzida no país pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Após a aprovação pela agência, a enfermeira Mônica Calazans, que trabalha na linha de frente no Hospital Emílio, recebeu uma dose da vacina da CoronaVac no Hospital das Clínicas, ao lado do governador de São Paulo, João Doria. A profissional foi a primeira brasileira a receber a vacina contra Covid-19. Em seu pronunciamento, Pazuello fez duras críticas à ação de Doria.

“Nós temos em mãos, neste instante, tanto as vacinas do Butantan quanto a da AstraZeneca e poderíamos, em um ato simbólico ou em uma jogada de marketing, iniciar a primeira dose em uma pessoa. Mas em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso. Não faremos uma jogada de marketing.”, iniciou o ministro após se solidarizar com as famílias das vítimas da doença no país e agradecer o trabalho do Instituto Butantan e da Fiocruz. Em seguida, Pazuello disse que determinado que a coordenação do Plano Nacional de Operalização para Vacinação contra Covid-19 seria executada pelo Ministério da Saúde e que quebrar o pacto seria “desprezar a igualdade” entre os estados e os brasileiros.

“Senhores governadores, não permitam movimentos políticos eleitoreiros se aproveitando da vacinação em seus estados”, aconselhou Pazuello. “O nosso único objetivo neste momento tem de ser o de salvar mais vidas e não fazer propaganda própria.” O ministro afirmou que o ato de Doria deverá ser analisado pela Justiça. “Todas as vacinas produzidas pelo Butantan estão contratadas de forma integral e de forma exclusiva para o Ministério da Saúde, para o PNI. Todas, inclusive essa que foi aplicada agora. Isso é uma questão jurídica que não vou responder agora porque é a Justiça que tem que deferir”, afirmou.

Fonte: JP

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