Amigo lamenta a morte de médico boliviano por complicações da Covid em Cabreúva: "É uma grande perda"

Por Redação em 23/01/2021 às 08:13:43

Pacífico Nivardo Veizaga Céspedes morreu aos 65 anos em Cabreúva (SP). Ele era natural da Bolívia e veio ao Brasil em 1989. Médico boliviano morre por complicações da Covid-19 em Cabreúva

Arquivo Pessoal

O ambiente de trabalho não será mais o mesmo depois que a presença de um amigo se tornou lembrança para Tiago Marques Vieira, médico da UPA de Cabreúva (SP). O médico boliviano que fazia parte da equipe, Pacífico Nivardo Veizaga Cespedes, morreu aos 65 anos por complicações da Covid-19 no dia 10 de janeiro.

Em entrevista ao G1, Tiago contou que durante a pandemia Pacífico parou de trabalhar, mas voltou no fim do ano. Segundo ele, o medo da doença era algo que o amigo sempre mencionava em conversas, já que era parte do grupo de risco.

“O tempo todo ele demostrava esse receio e ficava muito preocupado. Ele tinha três filhos e ficava preocupado com a família”, relata Tiago.

Pacífico nasceu na Bolívia e estudou medicina na Universidad Mayor de San Simón. Após a formatura, ele veio morar no Brasil em 1989.

O médico chegou a trabalhar em no Hospital das Clínicas de Campo Limpo Paulista, na UPA Antônio Baradel em Cabreúva e na UPA Jordanésia, em Cajamar (SP).

"Em Cabreúva tinha dois anos que ele trabalhava na escala do plantão. Ele era muito calmo, extremamente atencioso. Era muito sossegado e atendia todo mundo bem. O nome dele já diz tudo "Pacífico", nunca vi um nome combinar tanto", relata Tiago.

Pacífico Nivardo Veizaga Cespedes com as funcionárias da UPA de Cabreúva antes da pandemia

Arquivo Pessoal

Ainda de acordo com Tiago, Pacífico descobriu que estava com os primeiros sintomas da doença no dia 25 de novembro. Em 1° de dezembro a suspeita foi confirmada após o resultado do teste.

“Ele disse que a tomografia tinha dado menos 25% e falou que estava internado na Sobam ainda com febre. No dia cinco de janeiro eu perguntava e ele não respondia mais.”

Para a equipe médica da UPA de Cabreúva, a morte de Pacífico trouxe um vazio na rotina.

“Foi uma perda grande para a gente mesmo, todo mundo lamentou. Isso muda a parte profissional e acaba ficando cada dia mais triste”, relata Tiago.

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Fonte: G1

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