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Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no RS apontou indícios de crime na ação de Filipe Martins durante sessão no Senado. Pedido foi enviado à Procuradoria da República do DF. Assessor especial de Bolsonaro, Filipe Martins (ao fundo), faz gesto com a mão durante sessão do Senado nesta quarta-feira (24).Reprodução/TV SenadoA Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no Rio Grande do Sul apontou indícios de crime e pediu que seja aberta uma investigação para apurar o gesto feito pelo assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins. A ação aconteceu durante uma sessão no Senado para ouvir o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo nesta quarta-feira (26). O assessor estava sentado atrás do chanceler na sala do plenário virtual. Logo no início da sessão, durante a fala de abertura do presidente do senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Martins juntou os dedos indicador e polegar da mão direita de forma arredondada e passou sobre o paletó do terno que trajava. O Museu do Holocausto no Brasil, com sede em Curitiba, se pronunciou. Afirmou que, nos Estados Unidos, o gesto é um símbolo de ódio empregado por militantes de extrema-direita. A Polícia Legislativa do Senado vai investigar o caso.Segundo o procurador da República Enrico Rodrigues de Freitas há indícios de suposta prática de crime de racismo e improbidade cometido por servidor público federal no exercício do cargo. Ele requereu que a Procuradoria da República no DF apure e tome as providências cabíveis no caso. Para Freitas, “verifica-se indícios mínimos capazes de ensejar a investigação criminal de ocorrência de fato criminoso previsto no artigo 20 da Lei n°7.716/89 (Redação dada pela Lei nº 9.469, de 15.05//97, qual seja, praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, bem como por sua repercussão na esfera de improbidade administrativa, posto que praticado no exercício de função pública federal”.VÍDEOS: Notícias de política