Indústria acelera na UE e atinge nível mais alto na Alemanha e Holanda, aponta PMI

O indicador industrial da zona do euro subiu para 62,5 pontos em março, vindo de 57,9 em fevereiro O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da zona do euro subiu para 62,5 pontos em março, de 57,9 em fevereiro, superando ligeiramente a estimativa preliminar de 62,4 pontos, segundo dados da IHS Markit divulgados nesta quinta-feira.

Leituras acima de 50 indicam expansão do setor, enquanto abaixo de 50 apontam contração.

“A indústria da zona do euro está crescendo forte, com a produção e as carteiras de pedidos crescendo a taxas sem precedentes em quase 24 anos de história da pesquisa do PMI”, comentou o economista-chefe da IHS Markit, Chris Williamson. “Embora centrado na Alemanha, que viu uma expansão recorde particularmente forte durante o mês, a tendência de melhoria é ampla em toda a região, visto que as fábricas se beneficiam do aumento da demanda doméstica e recuperação das exportações”, acrescentou.

Na Alemanha, o PMI industrial avançou, em linha com as expectativas, para 66,6 pontos em março, de 60,7 em fevereiro, atingindo o nível mais alto da série histórica do PMI da IHS Markit.

O indicador também atingiu o nível mais alto da história na Holanda, onde subiu para 64,7 pontos.

Na França, o PMI industrial subiu para 59,3 em março, de 56,1 em fevereiro, superando a estimativa de 57,9 e alcançando o nível mais alto em mais de 20 anos. Assim como na Itália, onde o PMI industrial avançou para 59,8 pontos.

Na Espanha, o índice subiu para 56,9 pontos, o maior em 14 anos.

Na Grécia, o PMI industrial se firmou em território de expansão, em 51,8 pontos, o mais alto em 13 meses.

Ajudado pelas exportações em parte pela retomada da economia chinesa, o setor industrial europeu tem conseguido se recuperar mais rapidamente do colapso econômico causado pela pandemia no ano passado do que os serviços, que ainda sentem impactos em meio ao aumento de casos de covid-19 e medidas de distanciamento social.

Segundo a IHS Markit, ao mesmo tempo em que são vistos aumentos recordes na produção, novos pedidos, exportações e atividade de compra, também há atrasos do lado da oferta sem precedentes que estão acentuando os custos dos insumos.

Jens Meyer/AP