Valor Econômico
O centenário grupo enfrenta uma série de dificuldades financeiras desde 2015 Enfrentando uma série de dificuldades financeiras desde 2015, o centenário grupo Educação Metodista se prepara para pedir recuperação judicial.A instituição informou que deu entrada, nesta sexta-feira (9), em um pedido de medida cautelar (preventiva) no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, com o objetivo de elaborar um plano de recuperação e manter suas atividades acadêmicas.A cautelar é um mecanismo legal que garante proteção judicial para que a instituição em dificuldades financeiras possa se reorganizar e apresentar um plano de recuperação.De acordo com o grupo educacional, as instituições metodistas de educação pretendem antecipar parte dos efeitos da recuperação judicial, conservando sua capacidade de operação e oferecendo proteção judicial a todos os seus credores."Desde 2015, a Educação Metodista vem enfrentando uma redução significativa do número de alunos, o que provocou um forte impacto na receita e o consequente desequilíbrio financeiro", diz a instituição em nota. "A crise das instituições metodistas de educação teve início com a mudança nas regras do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e se acentuou com o cenário econômico de recessão dos últimos anos. A pandemia de Covid-19 agravou a situação."Com a reestruturação de suas instituições de ensino superior e básica, o grupo afirma que busca garantir sua sustentabilidade financeira e preservar a qualidade acadêmico-pedagógica."Estamos confiantes de que a recuperação judicial poderá restabelecer a Educação Metodista, preservando nossa comunidade acadêmica e assegurando um ensino de qualidade para todos os nossos alunos. Por meio deste processo, também esperamos garantir proteção judicial a todos os nossos credores", afirma Aser Gonçalves Junior, diretor de operações estratégicas da Educação Metodista.A Educação Metodista inaugurou sua primeira unidade no Brasil em 1881, no Rio Grande do Sul. Atualmente, possui 19 mil alunos e 3.000 funcionários, sendo 1.200 docentes, distribuídos em 11 colégios e 6 instituições de ensino superior em três estados (Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais).Pixabay