Grupo Educação Metodista vai pedir recuperação judicial

Por Redação em 10/04/2021 às 17:03:32

O centenário grupo enfrenta uma série de dificuldades financeiras desde 2015 Enfrentando uma série de dificuldades financeiras desde 2015, o centenário grupo Educação Metodista se prepara para pedir recuperação judicial.

A instituição informou que deu entrada, nesta sexta-feira (9), em um pedido de medida cautelar (preventiva) no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, com o objetivo de elaborar um plano de recuperação e manter suas atividades acadêmicas.

A cautelar é um mecanismo legal que garante proteção judicial para que a instituição em dificuldades financeiras possa se reorganizar e apresentar um plano de recuperação.

De acordo com o grupo educacional, as instituições metodistas de educação pretendem antecipar parte dos efeitos da recuperação judicial, conservando sua capacidade de operação e oferecendo proteção judicial a todos os seus credores.

"Desde 2015, a Educação Metodista vem enfrentando uma redução significativa do número de alunos, o que provocou um forte impacto na receita e o consequente desequilíbrio financeiro", diz a instituição em nota. "A crise das instituições metodistas de educação teve início com a mudança nas regras do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e se acentuou com o cenário econômico de recessão dos últimos anos. A pandemia de Covid-19 agravou a situação."

Com a reestruturação de suas instituições de ensino superior e básica, o grupo afirma que busca garantir sua sustentabilidade financeira e preservar a qualidade acadêmico-pedagógica.

"Estamos confiantes de que a recuperação judicial poderá restabelecer a Educação Metodista, preservando nossa comunidade acadêmica e assegurando um ensino de qualidade para todos os nossos alunos. Por meio deste processo, também esperamos garantir proteção judicial a todos os nossos credores", afirma Aser Gonçalves Junior, diretor de operações estratégicas da Educação Metodista.

A Educação Metodista inaugurou sua primeira unidade no Brasil em 1881, no Rio Grande do Sul. Atualmente, possui 19 mil alunos e 3.000 funcionários, sendo 1.200 docentes, distribuídos em 11 colégios e 6 instituições de ensino superior em três estados (Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais).

Pixabay

Fonte: Valor Econômico

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