Camisa do Santa Cruz vai ter de jogar

Por Redação em 03/05/2021 às 22:35:01

Sem padrão, time sofre contra Afogados, a quem reencontra no mata-mata das quartas Comentei neste domingo para o Premiere o duelo entre Afogados e Santa Cruz, pela rodada que confirmou semifinalistas e classificados no Pernambucano 2021. Deu 0 a 0, mas o Afogados esteve mais perto da vitória. O Santinha estreou seu terceiro treinador no quinto mês do ano, o que explica a falta de padrão da equipe. No fim, Sport e Náutico descansam e esperam na semifinal. Seus rivais sairão dos confrontos entre Salgueiro e Vera Cruz (mando do primeiro, sem vantagem em campo, se der empate no jogo único, decide-se nos pênaltis), e um novo Santa Cruz e Afogados, agora no Arruda. Momento por momento, o time de Afogados da Imbuzeira está melhor. O Santa Cruz de Bolívar terá de recorrer ao peso de sua camisa para tentar avançar.

Melhores momentos de Afogados 0 x 0 Santa Cruz

E se o time não conseguir, é a diretoria que deve ser cobrada. Começou a temporada com João Brigatti, que em 8 jogos da Copa do Nordeste perdeu 7 - e fez apenas três gols - e caiu na Copa do Brasil para o Cianorte. Depois veio Alexandre Gallo, que ficou três partidas e saiu reclamando de falta de estrutra. Agora chega Bolívar, que atravessou o país para dar ao Santa um "estilo gaúcho". Brigatti jogava com três zagueiro, Gallo com três volantes, e Bolivar pensa em três atacantes. A cabeça do elenco (que já não tem tanta qualidade assim) dá um nó...

Já o Afogados, sem capacidade de investimento, deu ao técnico Sérgio China a chance de montar um time disciplinado e inteligente. Que não brilha, mas que também não caiu um pingo de produção quando joga no 3-5-2, ou 4-3-3, ou 4-2-3-1, com jogadores improvisados, jogando em mais de uma posição, muitas vezes mudando tudo isso durante a mesma partida. Sérgio não tem medo de ousar, tomara que seja percebido por um time maior e, nele, possa manter a ousadia e criatividade.

No jogo deste domingo, o Santa Cruz teve uma chance em cada tempo, e foi só. No primeiro, Madson foi ao fundo e rolou a Pipico na pequena área. Ele perdeu a passado porque passou centímetros da bola, e perdeu o gol feito. Mas o Afogados precisou apenas da intensidade e talento de Vinicius Vargas e Fauver Frank para equilibrar as coisas. A grande chance do time foi numa bola passada por Fauver a Felipe, que passou pelo goleiro e tocou. Junior Sergipano, com ótima recuperação, rebateu.

No intervalo, Fauver Frank sentiu lesão e não voltou. Ah, agora o Santa Cruz vai aproveitar. Nada... Vargas comandou o time sozinho e o Afogados ficou até melhor. Com menos de dez minutos, Vargas já tinha cabeceado uma bola na trave e dado um belíssimo passe de letra - que saiu com um pouco de força a mais. Mesmo com as mexidas tentadas por Bolívar, o Santa não conseguiu reagir - e nem podia, contando apenas com valentia e bolas na área.

O ritmo cresceu e o Afogado foi duas vezes parado por belas defesas do goleiro Jordan. E a chance do Santa Cruz neste segundo tempo surgiu por acaso: uma bola mal rebatida pelo goleiro Leo (que não fez nenhuma defesa difícil) caiu nos pés de Bustamante na entrada da área. Ele tinha o gol à disposição mas mandou um canudo por cima.

Em apenas 90 minutos, sem vantagem para ninguém, o melhor momento do Afogados fica diluído. Como também se encerra a vantagem do Santa jogar em casa em não havendo torcida - apenas o desgaste físico da viagem do visitante. Assim, o próximo duelo não tem favorito. O Afogados é muito franco-atirador. E a camisa do Santa Cruz terá de ser o jogador número 12.

Fonte: Globo Esporte/G1

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