Defesa de Carlos Wizard pede à CPI que depoimento seja feito de forma virtual

Por Redação em 14/06/2021 às 20:37:35

Depoimento está marcado para próxima quinta, e defesa diz que Wizard está nos EUA, acompanhando tratamento de saúde de familiar. Integrantes da CPI suspeitam que ele tenha integrado 'gabinete paralelo'. Carlos Wizard, empresário

Reprodução/redes sociais

A defesa de Carlos Wizard pediu à CPI da Covid nesta segunda-feira (14) que o depoimento do empresário à comissão seja feito de forma virtual.

A CPI aprovou a convocação de Wizard em 26 de maio, e o depoimento está marcado para a próxima quinta (17). Integrantes da comissão suspeitam que ele tenha participado do suposto "gabinete paralelo", formado por pessoas que teriam aconselhado o presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia.

Segundo a defesa, o empresário está nos Estados Unidos desde 30 de março, "acompanhando tratamento médico de familiar".

"Se o requerente [Wizard] deixar o território americano para atender a convocação dessa importante Comissão Parlamentar, não poderá retornar de imediato por conta das restrições de entrada impostas pela Ordem Executiva de 25 de janeiro de 2021 da Presidência da República dos Estados Unidos", acrescentou a defesa.

A cúpula da CPI disse que vinha encontrando dificuldade de comunicação com Wizard. Os parlamentares cogitavam acionar a Justiça para que o empresário fosse intimado e obrigado a comparecer.

Essa não é a primeira vez que um convocado pede para ser ouvido por videoconferência. A Pfizer pediu à comissão que o depoimento de um representante ocorresse dessa maneira, o que acabou não acontecendo.

O pedido dos advogados

No ofício, os advogados Adelmo Emerenciano, Sergio Emerenciano e Maria Isabel Bermudez Colombo também pediram acesso aos documentos obtidos pela CPI relacionados a Wizard.

"Foi amplamente noticiado na imprensa e afirmado por membros desta Comissão investigadora que a mesma detém documentos que implicam o Requerente em uma direta relação com as irregularidades e ilícitos investigados, tendo, inclusive, ocorrido a reclassificação do nível de sigilo desses documentos, o que exige que os seus advogados constituídos, no exercício das suas prerrogativas profissionais, tenham pleno acesso antes da realização do referimento depoimento", afirma a defesa de Wizard.

Fonte: G1

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