Vacina Pfizer: Eficácia, reações mais comuns e outros dados importantes

Por Redação em 31/07/2021 às 14:57:20

Confira respostas para dúvidas muito comuns sobre o imunizante desenvolvido em conjunto com o laboratório alemão BioNTech A vacina da Pfizer contra covid-19, que foi desenvolvida em parceria com o laboratório alemão BioNTech, já está sendo aplicada nos braços dos brasileiros.

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Com uma tecnologia inédita, o imunizante utiliza o RNA mensageiro sintético, que auxilia o organismo do indivíduo a gerar anticorpos contra o novo coronavírus. Ao longo do ano, a Pfizer vai fornecer um total de 200 milhões de doses de vacina ao Brasil.

O Valor procurou a Pfizer para obter respostas para 11 perguntas em relação ao imunizante. Veja abaixo:

Qual é a eficácia da vacina Pfizer?

Quais são as reações após aplicação da vacina Pfizer?

Qual é a proteção oferecida pela vacina Pfizer contra variantes?

Qual é a tecnologia usada na vacina Pfizer?

Qual o intervalo entre a primeira e a segunda doses da vacina Pfizer?

A vacina Pfizer pode ser aplicada em gestantes?

Em que país fica a sede da Pfizer e da BioNTech?

Onde é fabricada a vacina Pfizer usada no Brasil?

A vacina Pfizer será fabricada no Brasil? A partir de quando?

Quantas doses da vacina Pfizer foram contratadas pelo governo federal até agora?

Quantos países usam a vacina Pfizer?

1. Qual é a eficácia da vacina Pfizer?

Os resultados dos estudos de fase 3, envolvendo mais de 44 mil voluntários e já publicados em revista científica, mostraram que, globalmente, a eficácia da vacina ComiRNAty contra a covid-19 foi de 95%, com esquema de duas doses num intervalo de 21 dias entre elas, na população acima de 16 anos de idade, e 100%, na população entre 12 e 15 anos de idade. Os dados demonstraram também que a vacina foi bem tolerada, sendo que nenhuma preocupação séria de segurança foi observada.

2. Quais são as reações após aplicação da vacina Pfizer?

As reações mais comuns (em 10% dos pacientes) e comuns (entre 1% e 10% dos pacientes) podem incluir: dor, inchaço ou vermelhidão no local de injeção, cansaço, dor de cabeça, diarreia, dor muscular, dor nas articulações, calafrios e febre, além de náusea e vômito. É importante ressaltar que a comunicação de eventos adversos ajuda a fornecer mais informações sobre a segurança da vacina.

3.Qual é a proteção oferecida pela vacina Pfizer contra variantes?

Até o momento, análises de estudos realizados em laboratório, vigilância e avaliação de evidências clínicas do uso da vacina em diferentes países do mundo apontam que a vacina da Pfizer, no regime de duas doses, segue eficaz contra as diferentes variantes de preocupação.

4.Qual é a tecnologia usada na vacina Pfizer?

A vacina é baseada em mRNA, com uso de RNA mensageiro sintético, que auxilia o organismo do indivíduo a gerar anticorpos contra o vírus. Pode ser desenvolvida e fabricada mais rapidamente do que as vacinas tradicionais.

A Pfizer selecionou essa tecnologia de vacina baseada em RNA devido ao seu potencial de alta resposta, segurança e capacidade de rápida produção.

A tecnologia de mRNA pode ainda ser estratégica para cenários de pandemias e epidemias devido à agilidade em modificação do antígeno codificado caso necessário, bem como a potencialidade de realização de doses de reforço. A técnica, na qual apenas um pedaço de material genético é usado em vez de todo o vírus, nunca havia sido feita antes.

O mRNA sintético dá as instruções ao organismo para a produção de proteínas encontradas na superfície do vírus. Uma vez produzidas no organismo, essas proteínas (ou antígenos) estimulam a resposta do sistema imune resultando, assim, em proteção para o indivíduo que recebeu a vacina.

5. Qual o intervalo entre a primeira e a segunda doses da vacina Pfizer?

A bula hoje registrada pela ANVISA recomenda um intervalo entre doses de 21 dias. A segurança e eficácia da vacina não foram avaliadas pela Pfizer em esquemas de dosagem diferentes, uma vez que a maioria dos participantes do estudo clínico recebeu a segunda dose dentro da janela especificada no desenho do estudo.

6. A vacina Pfizer pode ser aplicada em gestantes?

Em bula, a vacina da Pfizer é hoje classificada como categoria B para uso na gestante, ou seja, requer orientação e avaliação médica para uso.

7. Em que país fica a sede da Pfizer e da BioNTech?

A Pfizer tem sede em Nova Iorque, Estados Unidos, e a BioNTech tem sede em Mainz, Alemanha.

8. Onde é fabricada a vacina Pfizer usada no Brasil?

As vacinas Pfizer em uso no Brasil são produzidas em duas plantas nos Estados Unidos (Kalamazoo e McPherson), além de uma planta na Europa, em Purrs, na Bélgica. As vacinas são despachadas de avião até o Aeroporto Internacional de Miami, para então seguir rumo ao Brasil.

Dos Aeroportos Internacionais de Guarulhos e Viracopos, os imunizantes são descarregados no prazo entre 30 minutos a 1 hora, dependendo da quantidade, e enviados para o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos. De lá, as vacinas seguem para os mais de 38 mil postos de vacinação espalhados pelo país.

9. A vacina Pfizer será fabricada no Brasil? A partir de quando?

Não há esta previsão.

10. Quantas doses da vacina Pfizer foram contratadas pelo governo federal até agora?

Mais de 30 milhões de doses terão sido entregues ao governo brasileiro neste primeiro semestre de 2021. A operação no aeroporto de Viracopos deve se intensificar entre agosto e setembro, já que há previsão de chegada de quase 70 milhões de doses – que fazem parte do primeiro acordo firmado em 19 de março e que contempla a disponibilização de 100 milhões de vacinas até o fim do terceiro trimestre.

O segundo contrato, assinado em 14 de maio, prevê a entrega de outras 100 milhões de doses entre outubro e dezembro. Ao longo do ano, a Pfizer e BioNTech irão fornecer um total de 200 milhões de doses de vacina ao Brasil.

11. Quantos países usam a vacina Pfizer?

Até o momento, foram produzidas mais de 1,2 bilhão de doses da vacina Pfizer-BioNTech Covid-19. Em todo o mundo, já foram enviadas mais de 860 milhões de doses para mais de 100 países, incluindo o Brasil.

Fonte: Valor Econômico

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