Investigado pela PolÃcia Federal (PF) como um dos supostos financiadores das manifestações de 7 de setembro que tem como objetivo exigir a destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a defesa do governo Bolsonaro, Antônio Galvan teria utilizado o cartão corporativo da Aprosoja Mato Grosso em benefÃcio próprio durante a sua gestão à frente da entidade.
Documentos obtidos pela reportagem Gazeta Digital mostra que o Conselho Fiscal da Aprosoja Mato Grosso não aprovou as contas do último ano da gestão de Galvan em 2020 por várias irregularidades, como a de que 72% dos contratos firmados pela entidade tinha algum tipo de irregularidades.
Em uma das irregularidades, foi identificado na fatura do cartão corporativo da entidade, que Antônio Galvan comprou um Iphone 11 Pró Max Space Gray 512 GB por R$ 9.177 mil em seu próprio CPF. Ou seja, utilizou recursos da entidade para obter um bem em seu nome.
A compra ocorreu em novembro de 2019, e feriu o regimento interno que disciplina as normas internas do uso do cartão corporativo pelo presidente da entidade. Após a descoberta, Antônio Galvan devolveu o valor do aparelho celular para a entidade para evitar possÃveis sanções.
Outra irregularidade feita com o cartão corporativo por Antônio Galvan, enquanto presidia a Aprosoja Brasil, foi o gasto de quase R$ 20 mil com combustÃvel. Neste rol de abastecimento, não foi identificado no comprovante fiscal o número da placa do automóvel para saber qual veÃculo estava sendo utilizado, se o da entidade ou outro terceiro.
Mesmo com o parecer jurÃdico do Conselho, Antônio Galvan conseguiu aprovar as contas através de uma assembleiagGeral da entidade, que teve a participação de cerca de 120 associados, dos mais de 7 mil existentes. Ou seja, mesmo com as irregularidades apontadas pelo Conselho Fiscal, as contas foram aprovadas por menos de 2% dos seus associados.
Outro lado
Procurado, Antônio Galvan disse por meio de sua assessoria disse que isso são fatos que antecedem a sua gestão na Aprosoja Brasil.
Gazeta Digital