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INQUÉRITO ARQUIVADO

MP de SP arquiva inquérito contra Fernando Haddad por suposto pagamento de propina por parte da OAS


Promotoria afirma não ter encontrado provas que sustentem as acusações feitas em delação premiada no âmbito da Lava Jato contra o petista e o ex-tesoureiro João Vaccari Neto. DenĂșncia envolvia solicitação de propina de R$ 5 milhões à empreiteira, em 2013, para quitação de despesas de campanha eleitoral.


O Ministério PĂșblico de São Paulo arquivou na Ășltima segunda-feira (13) um inquérito contra o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) por denĂșncia de suposta corrupção passiva envolvendo solicitação de propina de R$ 5 milhões à empreiteira OAS, em 2013, para quitação de despesas de campanha eleitoral.

Na decisão, a Promotoria Criminal afirmou não ter encontrado provas que sustentem as acusações feitas em delação premiada contra o petista.

A base para a acusação era o termo de colaboração premiada de Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira, ao Ministério PĂșblico Federal (MPF), em 30 de setembro de 2020, durante desdobramentos da Operação Lava jato. A investigação foi transferida para o MP estadual.

Na ocasião, o delator alegou que foi procurado por João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, no primeiro trimestre de 2013, e que este teria lhe solicitado R$ 5 milhões para pagamento de dĂ­vidas de campanha de Haddad em troca de continuidade em contratos com a Prefeitura, principalmente da obra do prolongamento da Avenida Roberto Marinho.

À época, Leo Pinheiro alegou ainda que teria realizado os pagamentos, em um total de R$ 3 milhões, ao PT, em março de 2013.

O Ministério PĂșblico realizou diversas diligĂȘncias em parceria com a PolĂ­cia Civil, com base nas alegações do ex-presidente da OAS, e não encontrou provas que sustentassem a denĂșncia, segundo o promotor Paulo Rogerio Bastos Costa, que determinou o arquivamento da ação.

Segundo Costa, hĂĄ datas apresentadas por Léo Pinheiro que não batem com o cronograma dos fatos apurados e, portanto, comprometem a continuidade do inquérito contra Haddad e João Vaccari Neto.



O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto


Por meio de nota, a defesa de João Vaccari Neto disse que ele "sempre negou esta afirmação do Léo Pinheiro, pois jamais fez qualquer solicitação de propina a ele ou a quem quer que seja".

"O próprio Ministério PĂșblico, após as investigações, chegou à conclusão de que os crimes atribuĂ­dos aos investigados nunca ocorreram e que após mais de 680 pĂĄginas de documentos colhidos, o suposto valor exigido pelo Sr. Vaccari não se comprovou, afirmando ainda, que as defesas apresentaram documentos que demonstraram a improcedĂȘncia das acusações do delator. A defesa do Sr. Vaccari, reiteradamente, tem sustentado a sua confiança na Justiça brasileira, que ao final, tem convicção, concluirĂĄ pela improcedĂȘncia de todas as acusações infundadas, levianas e mentirosas que seu cliente sofreu", afirmou o advogado Luiz FlĂĄvio Borges D"Urso.

Procurada pela reportagem, a defesa do ex-prefeito Fernando Haddad não se pronunciou até a Ășltima atualização dessa reportagem.

G1

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