Em NY, Nasdaq e S&P 500 têm maior recuo semanal desde o início da pandemia

Por Redação em 21/01/2022 às 19:22:01

O Dow Jones fechou em queda de 1,30%, a 34.265,37 pontos, nesta sexta (21), e, na semana, anotou uma desvalorização de 4,58% Os três principais índices acionários de Wall Street terminaram, nesta sexta-feira (21), mais uma sessão em queda, acumulando três semanas consecutivas de perdas. Diante do pessimismo generalizado dos últimos cinco dias, o Nasdaq e o S&P 500 registraram o maior recuo semanal desde o início da pandemia, em março de 2020, com a bolsa eletrônica entrando em território de correção ontem. A atenção dos investidores volta-se, agora, para a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) na próxima semana.

O Dow Jones operou boa parte da sessão desta sexta em queda, mas chegou a flertar com ganhos. Mesmo assim, não foi capaz de se manter acima da linha d"água e acabou recuando 1,30%, a 34.265,37 pontos. Essa foi a pior semana para o indicador desde outubro de 2020, com uma desvalorização no período de 4,58%.

O S&P 500 também chegou a registrar suspiros de alívio nas perdas, hoje, que duraram pouco, e o índice terminou em recuo de 1,89%, a 4.397,94 pontos. Na semana, o índice anotou queda de 5,68%.

Já o Nasdaq enfrentou uma sessão e uma semana difíceis. Hoje, não houve negociação em território positivo, e a queda foi de 2,72%, a 13.768,92 pontos. Na semana, o recuo acumulado alcançou 7,55%. Nasdaq e S&P 500 tiveram o pior desempenho semanal desde março de 2020, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o início da pandemia.

Entre os índices setoriais, na semana o pior desempenho ficou com consumo discricionário (-8,49%), serviços de comunicação (-7,05%) e tecnologia (-6,94%). Nenhum dos 11 índices setoriais do S&P 500 conseguiu fechar a semana com ganho acumulado.

Já no recorte diário, o pior desempenho veio pelo segmento de serviços de comunicação, com queda de 3,88%, num dia em que as ações da Netflix derreteram, fechando em queda de 21,79%, sendo o pior desempenho entre seus pares do S&P 500, após a divulgação do balanço trimestral da empresa decepcionar, trazendo projeções menores para este ano.

Os últimos dias foram marcados pelo clima de apreensão. No início da semana, encurtada por um feriado nos Estados Unidos, houve um avanço forte dos rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), que depois aliviaram. Hoje, pouco após o fechamento do mercado, o yield da T-note de dez anos seguia em queda, a 1,749%, de 1,834% do último fechamento. O ouro também conquistou espaço na semana, diante do medo dos investidores da inflação alta persistir.

A atenção se volta, agora, para o encontro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), na semana que vem. “Embora persistam expectativas divergentes sobre a disposição do Fed de terminar o QE [“Quantitative easing”, a compra de títulos] mais cedo, estamos muito menos convencidos de que o comitê veja qualquer necessidade de encerrar a compra de títulos ainda antes de meados de março neste momento”, escreveu Ian Lyngen, do canadense BMO Capital Markets. “Afinal, o valor da sinalização de um ritmo mais rápido de redução foi percebido por meio da aceleração de dezembro e da interpretação dos investidores da ata.”

A percepção veio em forma de fuga de riscos. Desde o início do ano, quando a ata do encontro de dezembro foi divulgada, os investidores operam com cautela e os índices acionários recuam.

Destaque do dia e da semana, também, é o setor de energia que, depois de avançar nos últimos dias e acompanhar o rali dos preços do petróleo, perdeu ímpeto. Hoje, o setor encurtou 1,95% e, na semana, perdeu 3,08%. O petróleo, no entanto, seguiu com ganhos semanais, apesar de recuar nesta sexta.

AP Photo/Richard Drew

Fonte: Valor Econômico

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