Manifestantes fazem ato em Cuiabá por justiça pela morte do congolês Moïse Kabagambe

Por Redação em 05/02/2022 às 17:37:32

Protesto aconteceu na Praça da Mandioca, na região central da cidade. Manifestações aconteceram por todo o país

Reprodução

Manifestantes realizaram, na manhã deste sábado (5), em Cuiabá, um protesto por justiça pela morte do congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte no Rio de Janeiro, no último dia 24.

Compartilhe esta notícia no WhatsApp

Compartilhe esta notícia no Telegram

A concentração começou às 9h, na Praça da Mandioca, no Centro da capital. O manifestantes se reuniram com faixas cobrando justiça pela morte do congolês.

No palanque, os manifestantes se revezaram nos discursos. Além de cobrar justiça pelo caso, eles ainda fizeram exposição sobre os casos de racismo no Brasil.

A vereadora Edna Sampaio (PT) destacou que os corpos negros buscam ocupar espaços para mudar uma realidade absolutamente cruel, que só conhece quem é preto e quem é preta.

"O racismo é a interdição cotidiana que as pessoas negras têm de ocupar espaços de poder. O racismo é a compreensão da branquitude que chegou primeiro controlando o estado e não abre espaço para nenhum negro entrar", discursou a vereadora Edna Sampaio.

Morto com mais de 30 pauladas

Moïse Kabagambe, morto após cobrar diárias atrasadas em um quiosque na Barra da Tijuca

Facebook/Reprodução

O congolês foi vítima de uma sequência de agressões, segundo a família, após ter cobrado dois dias de pagamento atrasado no quiosque. O corpo dele achado amarrado em uma escada.

Para a polícia, entretanto, a confusão e, em seguida, o espancamento não aconteceram por conta da suposta dívida. A motivação do crime ainda é investigada por policiais da Delegacia de Homicídios da Capital.

Atualmente, três agressores flagrados pelas imagens de uma câmera de segurança do quiosque estão presos pelo crime. A polícia, a princípio, os indiciou por homicídio duplamente qualificado.

Uma testemunha que viu o espancamento de Moïse contou que os agressores disseram para ela não olhar porque o homem que estava apanhando com um porrete de madeira era um assaltante.

Ela disse ainda que os autores mentiram para os socorristas, afirmando que o corpo já estava no local do crime.

Fonte: G1

Comunicar erro
Agro Noticia 728x90