26 de outubro, segunda-feira

Por Redação em 26/10/2020 às 03:20:33

Bom dia! Aqui estão os principais assuntos para você começar o dia bem-informado A violência contra políticos ameaça a democracia. Assassinatos e atentados praticamente triplicaram em quatro anos. Humilhação na embaixada das Filipinas: a casa diplomática, em Brasília, vira cenário de agressões e abusos contra uma empregada doméstica. No Chile, a população aprovou a criação de uma nova Constituição. No Brasil, a semana começa com expectativa pela liberação da importação de insumos para produção da vacina chinesa Coronavac, ainda em fase de testes, e alvo de uma queda de braço entre o governador de SP e Bolsonaro. No podcast O Assunto, o avanço desenfreado do coronavírus na Argentina após seis meses de controle.

Ameaça à democracia

Às vésperas das eleições municipais, cresce a violência contra candidatos

A violência contra candidatos quase triplicou em quatro anos. Os episódios contra políticos eleitos, candidatos e pré-candidatos, incluem ameaças, agressões e ofensas. O número de assassinatos e atentados no período é alarmante e representa uma ameaça à democracia: foram125 ocorrências, em 24 estados do Brasil.

Os motivos, segundo especialistas, são conflitos territoriais, atuações ilícitas em governos dominados por esquemas de corrupção e disputas por poder.

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Agressão na embaixada

Vídeo: embaixadora das Filipinas no Brasil agride empregada doméstica

A embaixadora das Filipinas no Brasil, Marichu Mauro, foi flagrada por câmeras agredindo a empregada doméstica dentro residência diplomática em Brasília. Os abusos, repetidas vezes, incluíam puxões e tapas na funcionária, que também é felipina. Funcionários da segurança recolheram as imagens, que agora integram provas de uma denúncia feita contra Marichu no fim de agosto. A funcionária, de 51 anos, deixou o país. (assista acima)

Nova Constituição

Manifestantes ocupam o centro de Santiago, no Chile, após fim de plebiscito

Eleitores decidiram por ampla maioria que o Chile terá uma nova Constituição. A decisão foi tomada pela população em plebiscito histórico organizado neste domingo (25), um ano depois da onda de protestos que tomaram o país. Os alvos foram principalmente a classe política.

A partir de agora, os chilenos devem escolher quem comporá a comissão constituinte. Depois que o novo texto for debatido e aprovado por esse grupo, outro plebiscito — provavelmente em 2022 — decidirá se o Chile adotará ou não a nova Constituição.

O atual documento data da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), mas sofreu emendas e modificações que a tornam bem diferente do texto formatado pelos militares décadas atrás.

Guerra da vacina

Bolsonaro deixou claro que decisão de suspender parceria com farmacêutica chinesa está relacionada a desacordo com o governador de São Paulo, João Doria

Governo de São Paulo/Divulgação; Reuters

Após a vacina chinesa Coronavac, uma das candidatas a imunizante contra a Covid-19, ficar no centro de uma queda de braço entre o presidente Bolsonaro (sem partido) e o governador de SP, João Doria (PSDB), a expectativa a partir desta semana é saber se a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai autorizar a importação da China, pelo Instituto Butantan -- ligado ao governo paulista --, da da matéria prima necessária para a produção de 40 milhões de doses da Coronavac.

A politização do tema é vista por especialistas em saúde pública como uma ameaça de atraso ao acesso de brasileiros à vacina contra o novo coronavírus. Opositores político, Bolsonaro e Doria protagonizaram na última semana uma disputa política cujo tema central é a compra dos imunizantes.

Bolsonaro acusa Doria de ter capitalizado um anúncio de Pazuello sobre um acordo de intenção para aquisição de 46 milhões de doses da vacina que deve ser produzida em São Paulo. Irritado, o presidente desautorizou o ministro da Saúde e falou em cancelamento do acordo. O govenador de São Paulo acusa Bolsonaro de ser negacionista.

A polêmica, incluindo se a vacinação será obrigatória ou não, já foi parar no Supremo Tribunal Federal. O presidente da Corte, ministro Luiz Fux, disse que a Justiça vai ter que tomar uma decisão

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Ponto final

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, durante cerimônia no Palácio do Planalto em setembro de 2020

Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

Três dias após começar a trocar farpas publicamente com o secretário de Governo, Luiz Eduardo Ramos, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse no domingo (25) em uma rede social que pediu desculpas ao colega.

A divergência entre eles começou depois da uma reportagem publicada pelo jornal O Globo, em que foi citado que Salles "esticava a corda" com a ala militar para testar a blindagem dada pelo presidente. O texto foi publicado logo depois que Salles mandou suspender a ação de agentes do Ibama em áreas do país onde há incêndios e alegou falta de recursos. Os militares desaprovaram a medida, que foi encarada como provocação, já que o chefe do Conselho da Amazônia é o vice presidente Hamilton Mourão, que é general da reserva do Exército e não foi consultado sobre o tema.

Na ocasião, o ministro Salles acusou Ramos de ser "maria fofoca", o que gerou reação dos líderes do Congresso em defesa de Ramos, que atua na articulação do presidente Bolsonaro.

Por fim, Salles pediu desculpas pelo que chamou de "excesso" e, segundo ele, foi colocado um ponto final no assunto.

Impeachment em SC

Governador de Santa Catarina, Carlos Moisés

Diórgenes Pandini/ NSC

Afastado na última semana por 180 dias do governo de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL) terá o segundo pedido de impeachment julgado pelo tribunal nesta segunda-feira (26), a partir das 14h. Além disso, a partir desta semana, o governo do estado será comandado interinamente pela vice, Daniela Reinehr (sem partido).

O novo pedido de impeachment contra Moisés aponta superfaturamento na compra de respiradores durante a pandemia do novo coronavírus. O governador já afastado por causa da concessão de aumento a procuradores, nega novamente qualquer irregularidade.

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????O Assunto

A Argentina o não pode ser acusada de ter subestimado a ameaça representada pelo novo coronavírus. Na largada da pandemia, quando contabilizava três mortos, fechou fronteiras e partiu para uma das quarentenas mais rigorosas e longas do mundo. E por seis meses conseguiu segurar a evolução de casos e de óbitos em níveis muito mais baixos do que os vizinhos.

Mas em setembro, quando o vírus rompeu a barreira da região de Buenos Aires, espalhando-se pelo interior, a contaminação saiu do controle. Saiba por que.

Fonte: G1

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