Coudet completa três meses de Inter e tem pior aproveitamento desde Celso Roth em 2016

Argentino tem rendimento de 37,03% após 18 partidas, enquanto Roth ficou com 36,26% em 22 jogos há sete anos Da ilusão pela conquista da Conmebol Libertadores à fuga da zona de rebaixamento. Ainda que não admita e persista com o discurso que "olha para cima", Eduardo Coudet convive com os maus resultados. E, três meses após retornar ao Inter, tem pouco a celebrar. O aproveitamento do treinador é o pior desde Celso Roth em 2016 (veja tabela completa no fim do texto).

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Eduardo Coudet só venceu cinco partidas no retorno ao Inter

Bruno Ravazzolli

Até o momento, Coudet liderou o time em 18 partidas, com o empate com o Flamengo na conta, quando esteve suspenso e foi substituído por Lucho González. Acumula cinco vitórias, cinco empates e oito derrotas. O aproveitamento é de 37,03%, o mesmo de Vasco, Santos e Goiás, 16º, 17º e 18º, respectivamente, no Brasileirão.

O mais recente tropeço ocorreu na noite de quarta-feira. O Inter foi superado pelo Bahia por 1 a 0 na Fonte Nova. O Colorado permaneceu na 12ª colocação, com 32 pontos, já que Corinthians, Cruzeiro e Santos não venceram os respectivos jogos na noite de quinta-feira.

Os números já sinalizam que a caminhada está abaixo das expectativas. Porém, há um alarmante. Desde a passagem de Roth no traumático 2016, o aproveitamento de um treinador não é tão baixo.

Na ocasião, Roth liderou o Colorado em 22 partidas. Ganhou seis, empatou seis e perdeu 10 ao longo de 100 dias, sete a mais do que Coudet completa nesta sexta, com um rendimento de 36,36%.

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Se é verdade que o argentino teve a disputa da Libertadores, Roth também dividiu atenções com a Copa do Brasil. Isso sem entrar na diferença dos nomes disponíveis para Chacho na comparação com as opções do colega de profissão no pior ano da história do clube.

- Não posso dar como desculpa os desfalques. Tenho um grupo para trabalhar e assumir, mas é evidente que sentimos muito. Temos que trabalhar e ganhar – reconheceu o Coudet.

Desde que o presidente Alessandro Barcellos assumiu, em 2021, o melhor desempenho de um técnico foi o de Abel Braga. Em 11 partidas, ganhou sete, empatou duas e perdeu duas, com um aproveitamento de 69,69%. O ídolo colorado voltou no fim do ano anterior, ainda com Marcelo Medeiros, justamente para substituir o argentino.

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Se comparar com a primeira passagem, o desempenho de Coudet chama ainda mais atenção. Em 2020, quando estreitou parceria com Barcellos, então vice de futebol, o treinador comandou a equipe em 46 oportunidades. Ganhou 24, empatou 13 e perdeu nove, apenas uma a mais que agora. O rendimento foi de 61,59% até trocar o Beira-Rio pelo Celta de Vigo, da Espanha.

O argentino teve o anúncio do retorno no dia 19 de julho, dois dias após a demissão de Mano Menezes. No seguinte, estava no CT do Parque Gigante para o primeiro trabalho na segunda passagem.

Apesar do cenário preocupante, o hermano mantém o discurso otimista. Mesmo a dois pontos da zona do rebaixamento (32 a 30), repete que busca vitórias e vitórias e ainda mira uma vaga à próxima edição do torneio continental.

- Eu ainda acho que estamos na peleia. Não temos dúvidas que podemos brigar para subir muito na tabela – completou.

Coudet terá que transformar o discurso em realidade. Ou amargará um final de ano delicado no Beira-Rio. A missão da sonhada arrancada tem novo capítulo no domingo. A partida com o Santos será disputada às 16h no Beira-Rio.

Aproveitamento dos técnicos do Inter

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