O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta segunda-feira, 29, que encaminharĂĄ um ofĂcio ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a lista de nomes de deputados federais e senadores que possam ter sido monitorados "clandestinamente" pela AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia (Abin)."
"Encaminharei ao Supremo Tribunal Federal ofĂcio solicitando os possĂveis nomes de parlamentares clandestinamente monitorados pela AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia, dada a gravidade que um fato dessa natureza representa", afirmou.
A PolĂcia Federal investiga se existia uma espécie de "Abin paralela" durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa estrutura serviria, segundo a apuração, para monitorar ilegalmente autoridades e adversĂĄrios polĂticos do nĂșcleo bolsonarista.
Na semana passada, o ex-diretor da Abin e atual deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ), foi alvo de busca e apreensão por causa da investigação. A pressão de Pacheco acontece no dia em que a PF cumpre novos mandados de busca e apreensão, um deles contra o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Também acontece poucos dias depois de o presidente do Senado protagonizar uma discussão pĂșblica com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que cobrou dele uma postura mais firme em relação às operações da PF contra parlamentares. Valdemar chegou a chamar Pacheco de "frouxo". O presidente do Senado respondeu de forma enfĂĄtica, dizendo ser "difĂcil manter algum tipo de diĂĄlogo com quem faz da polĂtica um exercĂcio Ășnico para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral".
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