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POLÍTICA

Lula diz que Bolsonaro convocou ato em São Paulo por saber que "fez burrice" e "pode ser preso"


O presidente da RepĂșblica, Luiz InĂĄcio Lula da Silva, disse na segunda-feira, 4, que o ato convocado pelo ex-presidente da RepĂșblica Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em 25 de fevereiro, foi a demonstração de que Bolsonaro teme sanções na Justiça a partir do inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo Lula, Bolsonaro "sabe que pode ser preso" e "estĂĄ tentando escapar".

"A verdade nua e crua é que esse cidadão tentou dar um golpe neste PaĂ­s", disse Lula no discurso de abertura 4ÂȘ ConferĂȘncia Nacional de Cultura, em BrasĂ­lia.

Após a declaração do presidente, o pĂșblico do evento entoou um coro de "Sem anistia", em referĂȘncia ao pedido de Bolsonaro durante a manifestação para que os investigados pelo ataque às sedes dos TrĂȘs Poderes, os quais chamou de "pobres coitados", fossem perdoados.

Bolsonaro sabe que "fez burrice"

Bolsonaro convocou o ato na Paulista após a deflagração da Operação Tempus Veritatis pela PolĂ­cia Federal (PF), na investigação que mira o ex-presidente e aliados próximos por suposto crime de abolição do Estado DemocrĂĄtico de Direito. A manifestação, segundo Lula, demonstra que o ex-presidente sabe que "fez burrice".

Em discurso na Paulista, o ex-presidente fez referĂȘncia à "minuta golpista", texto produzido pelo entorno de Bolsonaro após a derrota nas eleições de 2022, com o intuito de elaborar uma fundamentação jurĂ­dica para a convocação de um novo pleito.

"Golpe usando a Constituição? Tenha a santa paciĂȘncia", disse, minimizando o conteĂșdo do esboço.

Ao fazĂȘ-lo, entretanto, o ex-presidente possivelmente admitiu que seu meio próximo sabia da existĂȘncia do rascunho, o que pode ser utilizado contra os investigados pela PF.

A defesa nega que a fala tenha sido uma confissão de que ele tinha conhecimento sobre o documento.

Bolsonaro teve "medo", diz Lula

Durante o discurso desta segunda-feira, Lula afirmou que o ex-chefe do Executivo deixou o PaĂ­s ao final do mandato, em dezembro de 2022, com "medo" do pĂșblico que estaria presente na posse do novo governo. "Eu acho que ele "se borrou" de medo e tentou ir embora para os Estados Unidos. Ele ficou com medo da posse. A posse era a demonstração de que tinha muita gente do outro lado", afirmou.

Os investigadores da PF acreditam que a saĂ­da do então mandatĂĄrio pode ter tido finalidade mais pragmĂĄtica. A quebra de sigilo bancĂĄrio do ex-presidente demonstra que, prestes a encerrar a gestão, Bolsonaro fez uma transação de R$ 800 mil em 27 de dezembro de 2022 para os EUA.

Segundo um documento da PF obtido pela revista Veja, os recursos teriam como objetivo assegurar a permanĂȘncia do ex-presidente no exterior, para que, de lĂĄ, ele aguardasse "o desfecho da tentativa de golpe de Estado que estava em andamento".

Para Lula, as investigações da PF podem ter esclarecido o que o então presidente fez após a derrota nas eleições de 2022, quando se retraiu de aparições pĂșblicas. "Quando ele ficou trancado dentro de casa, a gente não sabia se ele estava chorando ou o que ele estava fazendo. Ele estava tentando dar um golpe", afirmou o presidente na abertura da conferĂȘncia.

Na mesma segunda-feira, o advogado de Bolsonaro, FĂĄbio Wajngarten, ex-secretĂĄrio de Comunicação do governo, rebateu as declarações do presidente Lula. "Quanto mais o Lula fala do presidente Jair Bolsonaro, mais eu constato que estamos no caminho correto. O desespero transborda", disse no X (antigo Twitter).

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