O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (17) que a decisão de troca do comando da Petrobras foi tomada pelo presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva, sem a interferĂȘncia de ministros de Estado.
Na Ășltima terça-feira (14), Lula demitiu o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Em nota interna na empresa, Prates disse que Lula pediu o cargo e que deve nomear a ex-diretora da AgĂȘncia Nacional do Petróleo Magda Chambriard para a presidĂȘncia da Petrobras.
"O que teve na Petrobras, regra geral, é quase um ministro. É uma pessoa que tem que ter uma relação muito próxima ao presidente da RepĂșblica, é a maior companhia do paĂs. É estratégica por vĂĄrias razões, então é natural que possa haver uma troca a depender do julgamento do chefe do Executivo", declarou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Desde o inĂcio do governo, Jean Paul Prates e o ministro Alexandre Silveira divergiam sobre os rumos da Petrobras. Os atritos aumentaram em março, quando o conselho da empresa decidiu não pagar dividendos extraordinĂĄrios, como são chamados lucros não recorrentes.
Jean Paul Prates defendia distribuir metade do valor e reter metade. Na época, chegou-se a especular a saĂda de Prates da Petrobras. No fim de abril, como uma solução para o impasse, a empresa mudou de ideia e aprovou a distribuição, em duas parcelas, de metade dos dividendos extraordinĂĄrios.
Questionado por jornalistas, Haddad negou que tenha havido interferĂȘncia na troca da presidĂȘncia da estatal.
"Como foram em todas as ocasiões em que Lula presidiu o Brasil, foi uma escolha muito pessoal dele, sem interferĂȘncia de ministros. Como, nesse caso, também aconteceu. Não houve interferĂȘncia de ministros, ao contrĂĄrio do que vem sendo veiculado. Não aconteceu isso. foi uma escolha pessoal dele", acrescentou Haddad.