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Investigado usava 'grupo dos malucos' para difundir informações falsas sobre ministro do STF, diz PF

De acordo com a PF, servidores em exercício da Abin controlavam perfis e grupos utilizados para difundir "desinformação para atacar adversários e instituições".

Por Redação em 11/07/2024 às 13:07:31

Foto: BBC

De acordo com a PF, servidores em exercício da Abin controlavam perfis e grupos utilizados para difundir "desinformação para atacar adversários e instituições". 'Abin paralela': Investigações apontam que delegado usava grupo para compartilhar informações falsas

A investigação da Polícia Federal sobre o uso de ilegal de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar autoridades e desafetos políticos no governo Jair Bolsonaro aponta que um dos investigados criou um grupo denominado "grupo dos malucos" para difundir informações falsas ligadas a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e seus familiares.

A Polícia Federal diz que foram interceptados diversos diálogos entre o policial federal Marcelo Araújo Bormevet e o militar Giancarlo Gomes Rodrigues indicando possíveis ações clandestinas contra os ministros do STF Alexandre de Moraes e Roberto Barroso, "com o escopo de questionar a credibilidade do sistema eleitoral", diz a decisão.

"A difusão de informações falsas diretamente vinculadas a Ministro da Suprema Corte e seus familiares era intencionalmente difundida no grupo nominado pelo próprio APF (agente da Polícia Federal) Bormevet como "grupo dos malucos" destacando a plena ciência dos interlocutores da desarrazoada desinformação produzida", diz o documento.

De acordo com a PF, servidores em exercício da Abin controlavam perfis e grupos utilizados para difundir "desinformação para atacar adversários e instituições". A Polícia Federal, no entanto, não detalhou em qual plataforma esses grupos foram criados.

Alvos monitorados

Conforme as investigações da Polícia Federal, no esquema que ficou conhecido como Abin paralela, foram monitoradas as seguintes autoridades, servidores e jornalistas:

Poder Judiciário: ministros do STF Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux

Poder Legislativo: o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o deputado Kim Kataguiri (União-SP) e os ex-deputados Rodrigo Maia, que foi presidente da Câmara, e Joice Hasselmann. E os senadores: Alessandro Vieira (MDB-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), que integravam a CPI da Covid no Senado.

Poder executivo: João Doria, ex-governador de São Paulo; os servidores do Ibama Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges; os auditores da Receita Federal do Brasil Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.

Jornalistas: Monica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista.

Fonte: G1

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