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Faixa Segura

PF encontra documentos com orientações de Ramagem para Bolsonaro mentir sobre urnas

Por Redação em 26/07/2024 às 09:49:47

A PolĂ­cia Federal encontrou arquivos do ex-diretor da AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia (Abin), Alexandre Ramagem, que mostram orientações sobre como o ex-presidente Jair Bolsonaro deveria fazer para mentir sobre a segurança das urnas.

Os textos foram obtidos a partir da quebra de sigilos de e-mails de Ramagem – autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, no contexto da operação sobre a existĂȘncia de uma "Abin paralela".

A existĂȘncia dos arquivos foi revelada pelo jornal O Globo. O blog também teve acesso às informações.

Segundo as investigações, o conteĂșdo dos e-mails incluĂ­a:

estratégias sobre o que deveria ser dito por Bolsonaro para desacreditar o sistema eleitoral;

as palavras a serem usadas para mentir sobre supostas "vulnerabilidades" das urnas;

argumentos falsos para disseminar informações igualmente falsas sobre os sistemas de votação.

Nos arquivos, Ramagem orienta Bolsonaro a falar constantemente que as urnas não são seguras. E a abandonar o argumento de anulação de votos jĂĄ que, segundo Ramagem, repetir uma Ășnica ideia poderia ajudar na absorção das informações (falsas) pelo pĂșblico.

Ramagem foi confrontado com esse documento dele no seu interrogatório à PF.

Ramagem subsidiou discurso de Bolsonaro

O documento mostra que Ramagem, além das orientações gerais, entregava a Bolsonaro relatórios para "subsidiar" o discurso golpista e que tentava descredibilizar o sistema eleitoral.

"Por tudo que tenho pesquisado, tenho total certeza de que houve fraude nas eleições de 2018, com a vitória do Sr. Presidente no primeiro turno. Todavia [fraude] ocorrida na alteração de votos", diz um trecho do material de Ramagem.

O sistema eleitoral brasileiro, como jĂĄ foi comprovado em diversas ocasiões nas Ășltimas eleições, é auditĂĄvel em todas as suas etapas, da preparação das urnas à divulgação dos resultados.

O resultado das eleições de 2018 e 2022 foi monitorado e validado por observadores nacionais e internacionais. Nenhuma contestação, nessas e em votações anteriores, foi acompanhada de provas.

Fonte: G1

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