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Dólar sobe e toca os R$ 5,73, com projeções para a inflação no limite da meta e economia chinesa no radar

Por Redação em 21/10/2024 às 10:21:03

Na última sexta-feira, a moeda norte-americana avançou 0,68%, cotada a R$ 5,6983. Já o principal índice de ações da bolsa de valores recuou 0,22%, aos 130.499 pontos.

Pixabay

O dólar opera em alta e já encostou nos R$ 5,73 nesta segunda-feira (21), depois do Banco Central do Brasil (BC) divulgar mais um Boletim Focus — relatório que reúne as projeções dos economistas para os principais indicadores econômicos do país — que elevou a expectativa de inflação neste ano para 4,5%, no limite da meta.

Neste pregão, também, destaque para a China, que reduziu mais uma vez suas taxas de juros numa tentativa de estimular a economia do país, que enfrenta desafios para continuar crescendo e atingir a meta do governo de alta de 5,0% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2024.

Essa semana é marcada pela divulgação da prévia da inflação no Brasil e alguns dados da atividade econômica dos Estados Unidos, além de balanços corporativos de gigantes da tecnologia.

A semana ainda conta com a o evento semestral do Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, que reúnem autoridades políticas e econômicas do mundo inteiro para discutir questões atuais.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

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Dólar

Às 09h30, o dólar subia 0,39%, cotado a R$ 5,7206. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,7311. Veja mais cotações.

Na última sexta-feira (18), a moeda norte-americana subiu 0,68%, a R$ 5,6983.

Com o resultado, acumulou:

alta de 1,49% na semana;

avanço de 4,62% no mês;

ganho de 17,43% no ano.

O

Ibovespa

O Ibovespa começa a operar às 10h.

Na sexta, o índice caiu 0,22%, aos 130.499 pontos.

Com o resultado, acumulou:

alta de 0,39% na semana;

perdas de 1% no mês;

recuo de 2,75% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

A edição desta semana do Boletim Focus mostrou que os economistas do mercado passaram a prever uma inflação de 4,50% ao fim do ano, uma forte aceleração frente aos 4,39% esperados até a semana passada. Essa é a terceira alta consecutiva nas projeções.

A meta de inflação do BC para 2024 é de 3,00%, e para ser considerada formalmente cumprida deve ficar em um intervalo entre 1,50% e 4,50%, no máximo. Assim, se as expectativas do mercado se concretizarem, a inflação pode encerrar o ano no limite da meta.

Também houve um aumento nas projeções para o PIB brasileira neste ano. Agora, o Focus apresenta uma estimativa de crescimento de 3,05% para a economia. Enquanto isso, a taxa de câmbio esperada até o final do ano é de R$ 5,42.

A projeção para a Selic, taxa básica de juros da economia, permaneceu inalterada, com expectativa de que chegue ao fim do ano em 11,75% ao ano.

Hoje, os juros estão em 10,75%, depois do BC iniciar um novo ciclo de altas em sua última reunião, em setembro. O mercado espera novas altas, à medida que a economia brasileira mostra um crescimento acima do esperado, o que pode pressionar a inflação pelo lado da demanda.

No exterior, o Banco Popular da China (PBoC) voltou a reduzir suas taxas de juros, para tentar estimular a economia enfraquecida do país.

Na semana passada, o resultado do PIB mostrou que o país está desacelerando. A segunda maior economia do mundo cresceu 4,6% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar do avanço, foi menor do que o registrado no segundo trimestre, quando o crescimento foi de 4,7%, abaixo do que previa a maioria dos economistas.

Na tentativa de reverter esse cenário, o BC chinês cortou as taxas básicas de juros (LPR), que é a referência para a maioria dos empréstimos no país, em 0,25 ponto percentual, em linha com o que o Governador Pan Gongsheng (autoridade do banco) já havia sinalizado.

Em relatório, analistas da XP Investimentos destacam que Gongsheng também pode reduzir a porcentagem de reservas obrigatórias para os bancos comerciais no quarto trimestre. "Recentemente, o PBoC e o Ministério da Habitação introduziram uma série de medidas para aliviar os encargos financeiros dos proprietários e recuperar a confiança do público".

"Em setembro, o banco central da China iniciou as suas medidas de estímulo mais agressivas desde a pandemia, incluindo medidas para apoiar o setor imobiliário em dificuldades e impulsionar o consumo. Estas medidas deverão impulsionar a atividade no curto prazo, embora a recuperação econômica continue lenta", destaca a XP.

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Fonte: G1

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