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Lula sanciona lei que derruba a volta do DPVAT, e seguro não será cobrado em 2025

Por Redação em 31/12/2024 às 11:15:21

Extinto em 2019, seguro obrigatório seria retomado no ano que vem. Nova lei, suspendendo esse retorno, foi aprovada em meio ao pacote de corte de gastos do governo federal. Rodovia dos Bandeirantes, em imagem de arquivo

CCR Autoban

O presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) sancionou nesta terça-feira (31) a lei que cancela o retorno do seguro obrigatório para veĂ­culos, o antigo "DPVAT".

Com isso, o seguro não serĂĄ cobrado em 2025.

O DPVAT havia sido extinto em 2019, no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em 2024, após mobilização da equipe econômica do governo, o Congresso aprovou – e Lula sancionou – a volta do seguro obrigatório.

Ao aprovar o retorno do seguro, rebatizado de "SPVAT", o governo federal esperava arrecadar mais recursos para custear os impactos dos acidentes de trânsito no Sistema Único de SaĂșde (SUS), na PrevidĂȘncia Social e em outros sistemas pĂșblicos.

Governadores, no entanto, indicaram que não cobrariam essas taxas em seus estados e no DF. Por isso, segundo o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), o governo voltou atrĂĄs e decidiu apoiar a revogação da medida.

Quando era cobrado, em 2018, o DPVAT exigia um pagamento anual que variava de R$ 16,21 (carros particulares, tĂĄxis, locadoras e auto-escolas) a R$ 84,58 (motos e similares).

Em 2018, Ășltimo ano da vigĂȘncia plena do DPVAT, o seguro obrigatório gerou R$ R$ 4,6 bilhões em arrecadação. O dinheiro foi usado para financiar ações do SUS, programas de educação no trânsito e prĂȘmios do próprio seguro.

Congresso conclui aprovação do pacote de corte de gastos

IncluĂ­do no pacote fiscal

Embora não represente uma economia para os cofres pĂșblicos – e até impacte negativamente a arrecadação –, o cancelamento da volta do DPVAT foi aprovado pelo Congresso em um projeto do pacote fiscal.

A proposta, sancionada por Lula nesta terça, cria "gatilhos" para conter o crescimento de benefĂ­cios fiscais e gastos com pessoal em caso de resultado negativo nas contas pĂșblicas.

O texto também autoriza o congelamento de até 15% do montante destinado a emendas parlamentares não impositivas, cujo pagamento não é obrigatório — e abre caminho para que o governo use saldos de fundos nacionais para abater a dĂ­vida pĂșblica.

Dessa forma:

emendas individuais e de bancada — de pagamento obrigatório — não poderão ser congeladas se o governo precisar suspender despesas para cumprir o arcabouço fiscal, em um cenĂĄrio de aumento de gastos obrigatórios;

15% das emendas de comissão, que o governo não tem a obrigação de pagar, poderão ser bloqueadas para cumprimento da regra fiscal.

Além desse projeto, outras trĂȘs propostas foram encaminhadas pelo Ministério da Fazenda e aprovadas pelo Congresso como parte de um esforço para equilibrar as contas pĂșblicas. Com a totalidade das medidas, o Planalto projeta economizar R$ 375 bilhões até 2030.

Fonte: G1

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