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Inflação argentina fica em 2,4% em fevereiro e cai para 66,9% em 12 meses

Por Redação em 14/03/2025 às 21:57:31

A inflação da Argentina ficou em 2,4% em fevereiro, segundo dados da agĂȘncia oficial de estatĂ­sticas do paĂ­s, o Indec, divulgados nesta sexta-feira (14).

O resultado, que veio linha com estimativas de analistas, representa uma aceleração em relação aos 2,2% registrados em janeiro.

A inflação acumulada nos 12 meses até fevereiro atingiu 66,9%, desacelerando em relação à taxa de 84,5% registrada no mĂȘs anterior.

A inflação apresentou progresso sob o governo do presidente ultraliberal Javier Milei, que tem empenhado esforços para conter os preços. Nos Ășltimos meses, no entanto, a taxa estagnou, ficando entre 2% e 3%. Veja abaixo:

A Argentina passa por um grande ajuste econômico com a gestão de Milei. O paĂ­s jĂĄ vinha enfrentando uma forte recessão econômica, e o presidente promoveu um amplo corte de gastos pĂșblicos.

Após tomar posse, em dezembro de 2023, Milei decidiu paralisar obras federais e interromper o repasse de dinheiro para os estados. Foram retirados subsĂ­dios às tarifas de ĂĄgua, gĂĄs, luz, transporte pĂșblico e serviços essenciais.

Quando o incentivo foi retirado, houve um aumento expressivo nos preços ao consumidor. Por outro lado, o presidente conseguiu uma sequĂȘncia de superĂĄvits (arrecadação maior do que gastos) e retomada da confiança dos investidores. (Saiba mais na reportagem especial abaixo)

Milei busca manter o Ă­mpeto positivo na economia em meio a negociações sobre um novo acordo com o Fundo MonetĂĄrio Internacional (FMI), a quem a Argentina deve mais de US$ 44 bilhões.

A Argentina, um grande exportador de grãos e emergente produtor de energia, tem lutado contra uma inflação de trĂȘs dĂ­gitos nos Ășltimos anos, o que deu ao paĂ­s sul-americano a "coroa" de ter a maior taxa de inflação anual do mundo.

Reduzir a inflação é fundamental para o governo de Milei, que deseja eliminar os controles de capital que prejudicam os negócios e os investimentos. Ele quer que a inflação permaneça abaixo de 2% para permitir o fim dos controles.

A inflação anual na segunda maior economia da América do Sul chegou perto de 300% no inĂ­cio do ano passado, mas desde então caiu para dois dĂ­gitos, e analistas consultados pelo banco central preveem que a inflação no final de 2025 cairĂĄ para 23,3%.


Fonte: G1

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