Fiocruz analisa vacinas de Oxford que vieram da Índia para o Rio

Por Redação em 23/01/2021 às 01:11:41

Carga vinda da Índia foi transportada em voo comercial até Guarulhos, em SP, e depois foi enviada ao Rio de Janeiro. Na semana passada, governo brasileiro tentou buscar o imunizante, mas não conseguiu. Vacina de Oxford chega ao Rio de Janeiro

Maiane Brito/GloboNews

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) faz, durante a madrugada deste sábado (23), as análises de segurança em doses da vacina Oxford/AstraZeneca, que chegaram na sexta-feira (22) à noite ao Rio de Janeiro. O procedimento é uma exigência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O carregamento com dois milhões de doses da vacina, produzidas no Instituto Serum, na Índia, chegou ao Rio por volta das 22h, depois que o governo indiano autorizou as exportações comerciais do imunizantes.

Ainda na pista, a aeronave foi recebida numa cerimônia de "batismo" por dois caminhões do Corpo de Bombeiros, que esguicharam água no avião.

Vacina de Oxford chega ao Rio de Janeiro

Depois de serem descarregados, os imunizantes foram levados em caminhões escoltados por policiais federais à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que fica a aproximadamente sete quilômetros da Base Aérea do Galeão.

Lá, os líquidos passarão pelas análises de segurança e as embalagens serão etiquetadas com informações em português.

O trabalho, segundo a fundação, deve durar a madrugada e manhã de sábado (23). A previsão da Fiocruz é que o material esteja pronto para ser devolvido ao Ministério da Saúde à tarde.

Atraso na entrega

Mais cedo na sexta-feira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, acompanhou a chegada da carga no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

A carga era para ter chegado cinco dias atrás, no dia 17, mas na época a Índia não liberou o envio para o Brasil (leia mais abaixo).

Avião com 2 milhões de doses da vacina de Oxford chega a SP

2 milhões de doses da vacina de Oxford desembarcam no aeroporto de Guarulhos, em SP, nesta sexta-feira (22).

REUTERS/Amanda Perobelli

Vacinas chegam ao Brasil

Reprodução

Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, acompanha a chegada das vacinas de Oxford em São Paulo nesta sexta-feira (22).

Reprodução/TV Globo

Avião com 2 milhões de doses da vacina de Oxford chega a São Paulo nesta sexta-feira (22).

Reprodução/TV Globo

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Avião com 2 milhões de doses da vacina de Oxford importadas da Índia chega a São Paulo.

Reprodução/TV Globo

A Índia havia apenas enviado remessas de vacinas gratuitas a países vizinhos. Agora, liberou as comerciais, e Brasil e Marrocos são os primeiros beneficiados.

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Dificuldades na importação

O governo indiano havia suspendido a exportação de doses até iniciar seu próprio programa doméstico de imunização, no fim de semana passado.

No início desta semana, enviou carregamentos gratuitos para países vizinhos, incluindo Butão, Maldivas, Bangladesh e Nepal.

O Brasil vinha enfrentando dificuldades para liberar a carga de 2 milhões de doses que comprou do Instituto Serum. Na quarta (20), o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, disse que não havia prazo para receber o carregamento, mas negou que problemas políticos e diplomáticos com a Índia tenham atrasado a entrega.

"Em relação ao prazo para entrega das vacinas que estamos importando da Índia, eu não posso mencionar agora um prazo, mas queria reiterar que está bem encaminhado e que estou conduzindo pessoalmente as conversações com as autoridades da Índia", afirmou o chanceler brasileiro.

Na semana passada, após expectativa de que as vacinas fossem enviadas para o Brasil, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava, afirmou que era muito cedo para dar respostas sobre exportações das vacinas produzidas no país, já que a campanha nacional de imunização ainda estava só começando.

Pouco depois, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, sem detalhar, que a viagem poderia ocorrer "daqui a dois, três dias".

Nesta segunda (18), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a diferença de fuso horário complicava as negociações.

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Niranjan Shrestha/AP

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Fonte: G1

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