Eliminatórias começam na Europa e abismo com América do Sul e África pode aumentar antes da Copa

Seleções europeias começam trajetória para o Mundial do Catar e já jogaram oito vezes depois do início da pandemia. O Brasil, só quatro As Eliminatórias da Copa do Mundo começam hoje na Europa, enquanto a América do Sul teve de paralisar os jogos por motivo justo: a pandemia. Se os jogadores que atuam na Inglaterra, por exemplo, viajassem para os dez países sul-americanos, teriam de cumprir dez dias de quarentena no retorno. Os times da Premier League têm toda a razão em pedir o adiamento dos jogos das seleções sul-americanas.

Isto não impede que se perceba o abismo que se aprofunda entre o nível dos times europeus e os de outros continentes. Desde o início da pandemia, o Brasil jogou quatro vezes. A França, campeã do mundo, disputou oito partidas. A Bélgica, líder do ranking mundial, também disputou oito jogos. Falamos das três principais seleções ranqueadas pela Fifa, neste momento, belgas, franceses e brasileiros, pela ordem.

Os belgas ganharam doze jogos seguidos, empataram com a Costa do Marfim, perderam da Inglaterra e enfileiraram outras quatro triunfos.

Não se discute a paralisação das eliminatórias. Os dez países da América do Sul impõem risco no retorno à Europa. Os clubes da Europa reclamam também dos jogadores que atuarão por suas seleções europeias. A Internazionale contestou a situação de Perisic, por exemplo, jogador que deveria seguir para período de treinos, em Zagreb, mas não deveria viajar para outros países, como para jogar na Eslovênia, nesta quarta.

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Segundo os dirigentes interistas, os jogadores deveriam viajar, ter um endereço definido, saírem para sessões de treinos em transportes específicos e retornarem para a morada definida. Há crise também lá na Europa. Aqui, seria mais grave.

A Copa do Mundo não está ameaçada como a Olimpíada, mas a situação não é confortável. As eliminatórias europeias começam hoje, as eliminatórias da Copa da África acontecerão nesta semana e a América do Sul sucumbe com recordes de covid, como as 3251 mortes no Brasil na terça-feira (23).