Ao depor pela segunda vez à CPI, Queiroga cria 'neonegacionismo', diz relator Renan Calheiros

Por Redação em 08/06/2021 às 15:47:54

VÍDEO: 'Eu mudei a minha decisão', diz Queiroga sobre opção por não nomear a médica Luana Araújo

O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), disse nesta terça-feira (8) que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante o segundo depoimento dele à comissão, "inaugurou o neonegacionismo".

Renan Calheiros afirmou que declaração do próprio ministro, antes do segundo depoimento, atribuía a uma questão política o veto à nomeação da médica Luana Araújo como secretária extraordinária de Enfrentamento da Covid. A declaração estava em linha com o que a própria médica havia dito à CPI. Mas nesta terça-feira o ministro mudou a versão e disse que o veto foi dele e não do Palácio do Planalto.

Para o relator da CPI, Queiroga negou o que já havia falado anteriormente.

"O ministro inaugurou uma nova etapa do negacionismo, o neonegacionismo", afirmou Renan Calheiros.

O relator da CPI destacou, porém, que o ministro da Saúde admitiu a ineficácia da cloroquina no tratamento da doença. "Mas, por outro lado, continua sem coragem de tirá-la das normas do Ministério da Saúde".

Em sua fala, Queiroga disse que a nota que recomendava o uso da cloroquina passou a ser um documento para a história e não tem mais validade, mas se recusou a retirá-la das normas do ministério.

Segundo Renan Calheiros, o ministro voltou à CPI com a orientação de seguir "blindando" o presidente, tanto em relação ao comportamento de Bolsonaro na condução do enfrentamento da pandemia como no episódio do veto à nomeação da médica Luana Araújo, cuja posição pública é contrária ao tratamento precoce defendido pelo presidente.

Fonte: G1

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