Ex-secretário de Saúde do Amazonas diz que "intermitência" no fornecimento de oxigênio na rede estadual durou 2 dias

Por Redação em 15/06/2021 às 13:08:58

Marcellus Campêlo foi chamado para prestar depoimento à CPI da Covid na condição de testemunha. VÍDEO: 'Na nossa rede de saúde, foram dois dias com intermitência no fornecimento', diz Campêlo sobre desabastecimento de oxigênio medicinal

O ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campêlo disse à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid nesta terça-feira (15) que a "intermitência" no fornecimento de oxigênio nos hospitais da rede estadual do estado durou dois dias.

O ex-secretário foi chamado para prestar depoimento à CPI da Covid na condição de testemunha. O colapso na saúde do Amazonas e a morte de pacientes no estado por falta de oxigênio em janeiro de 2021 é um dos objetos da comissão, que também apura as ações do governo federal e o repasse de verbas da União aos governo locais.

Marcellus Campêlo diz que falta de oxigênio no Amazonas durou dois dias; senadores rebatem

"Senador, na nossa rede pública estadual nós temos registro de intermitência no fornecimento de oxigênio nos dias 14 e 15 [de janeiro]", afirmou Marcellus.

Em janeiro de 2021, o governo do estado chegou a transferir mais de 200 pacientes para outros estados por conta da falta de oxigênio. Órgãos de controle denunciaram que pessoas morreram por asfixia em hospitais de Manaus e de cidades do interior. Mesmo um mês após o colapso, o governo do Amazonas disse que o insumo ainda está acima da média histórica.

População madruga em fila de empresa de gases para reabastecer cilindros de oxigênio em Manaus

Eliana Nascimento/G1 AM

Questionado pelos senadores, sobre relatos de falta do insumo, Marcellus disse que a escassez se deu com relação a pessoas que estavam se "tratando em casa", porque não conseguiram vaga em hospitais.

“[..] a minha fala foi na rede de saúde, nos tanques de oxigênio nós registramos a intermitência no fornecimento nos dias 14 e 15. Uma coisa é faltar na rede de saúde, no hospital, outra coisa é o paciente que está tratando em casa, porque não tem vaga no hospital e que tenta comprar o cilindro no mercado e ele não existir no mercado da cidade. Então, há fila de compra e etc”, afirmou o ex-secretário.

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Fonte: G1

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