WSL Finals: Medina espera Italo embalado pelo ouro e Toledo com melhor histórico em Trestles

Por Redação em 10/09/2021 às 03:32:00

Trio de ouro do Brasil vai disputar o título mundial em um mata-mata com o australiano Cibilic e o americano Coffin A janela da WSL Finals abriu na última quinta-feira, em Trestles, com Gabriel Medina, Italo Ferreira e Filipe Toledo em busca do quinto título mundial do Brasil nas últimas sete temporadas. Se Gabriel conta com a vantagem de já estar na decisão por ter terminado em primeiro na temporada regular, Italo vem embalado pelo ouro em Tóquio, enquanto Filipinho conta com o fator "casa" e o melhor histórico dos 3 brasileiros na Califórnia (EUA). Tatiana Weston-Webb será a única brasileira no feminino. A previsão é que a competição aconteça a partir da próxima segunda.

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Filipe Toledo, Gabriel Medina e Italo Ferreira brigam pelo título mundial na WSL Finals

WSL / Diz

Depois de uma temporada impecável, com direito a 5 finais e 2 títulos nas 7 etapas disputadas, Gabriel Medina já teria conquistado o tricampeonato mundial de forma antecipada se a disputa desse ano fosse por pontos corridos, como era até essa temporada. Com a mudança de formado para 2021, Medina agora terá a vantagem de já estar na final da WSL Finals.

Para ser campeão, o surfista de Maresias terá que enfrentar, em uma série melhor de três, um desafiante que virá de um mata-mata entre os outros 4 melhores surfistas da temporada: além de Italo (2º) e Toledo (3º), o americano Conner Coffin (4º) e o australiano Morgan Cibilic (5º) terão a chance de desafiar o bicampeão mundial na decisão.

- Eu acho que vai ser uma final brasileira, eu acho, é a minha opinião. Agora, com quem eu não sei. Porque os dois surfistas que a gente tem, que é o Felipe e o Italo, são surfistas de alto nível, né? Que têm a capacidade de ganhar um evento ou um título. Então essa é uma bateria difícil. Mas eu to confiante, não pelos meus títulos mundiais, mas pelos meus treinos e pela minha dedicação. É isso que me dá confiança - explicou Medina, campeão mundial em 2014 e 2018, em entrevista à Liga Mundial.

chave masculina Trestles

WSL

Filipinho conta com fator casa e melhor histórico dos 3

Filipe Toledo, o número 3 do ranking, está classificado para as quartas e terá que enfrentar o vencedor do duelo entre Conner e Morgan. Filipinho tem a seu favor o fato de conhecer bem a onda de Trestles por estar competindo "em casa". O surfista de Ubatuba-SP mora desde 2015 em San Clemente, cidade que fica ao lado da reserva de San Onofre, onde está a onda de Lower Trestles.

Além da comodidade de poder dormir em casa e ter o apoio de sua família, Filipinho tem um dos melhores retrospectos da história nas ondas de Trestles. Desde que se mudou para a Califórnia, em 2015, o brasileiro fez duas semifinais, em eventos da elite mundial lá, até vencer a etapa de 2017, último ano da prova no tour. Em 2018, a competição de Trestles foi substituída pela piscina de ondas do Surf Ranch. Filipinho também tem no currículo uma vitória em um evento do ranking de acesso disputado em Trestles, em 2015.

- Eu sinto que é uma grande oportunidade para mim e será incrível estar no pódio com o troféu de campeão. Sei que ainda tem muitos desafios pela frente neste evento, mas tenho treinado forte e estou curtindo ao máximo meu tempo aqui. Agora é só esperar por boas ondas, a previsão parece ótima e só quero me divertir - disse Filipinho.

Filipe Toledo foi campeão em Trestles em 2017, último ano da etapa até o retorno na WSL Finals

WSL / Rowland

Italo vem no embalo do ouro em Tóquio

Embalado pelo título olímpico, Italo Ferreira pode transformar 2020 em um ano histórico para a sua carreira com o bicampeonato mundial. Contra o surfista de Baía Formosa, pesa o retrospecto ruim na Califórnia: ele coleciona dois 13º e um 9º nos eventos que disputou na elite do surfe em Trestles.

O histórico pode ser inferior ao de Filipe, mas Italo já mostrou que isso não foi um problema quando ele se sagrou campeão mundial em Pipeline, em 2019, em um lugar que ele jamais tinha passado sequer das oitavas. O potiguar também tem a vantagem sobre Toledo de já estar nas semifinais da WSL Finals, por ocupar a vice-liderança do ranking mundial. Ou seja, Filipinho vai ter que vencer um adversário antes de ter a chance de enfrentar o Italo.

- Esse tem sido um ano muito especial para mim. Todos esses surfistas que estão aqui, são uma grande inspiração para mim e estou muito animado para competir com eles neste próximo desafio da minha carreira - disse Italo, na coletiva de imprensa da WSL Finals.

Após o ouro em Tóquio, Italo Ferreira busca o ano perfeito com o bi mundial

André Durão

Medina teve atuação de gala em 2012 e trauma em 2016 em Trestles

Gabriel Medina terá o privilégio de assistir à batalha de seus adversários para ver quem vai enfrentá-lo na grande decisão. Além de estar mais descansado do que os seus rivais, já que a WSL Finals acontecerá em apenas um dia de competição, Gabriel já teve atuações marcantes nas ondas de Trestles.

A maior delas aconteceu fora da elite mundial, em um evento da divisão de acesso, em 2012, em que o surfista de Maresias venceu a etapa com uma apresentação de gala. Aos 18 anos idade, Gabriel conseguiu passar suas baterias naquele evento com apresentações contundentes, incluindo um recorde de 19,80 (de 20 possíveis) pontos na semifinal, graças aos seus aéreos nas esquerdas de Trestles.

No entanto, um dos momentos mais marcantes de Gabriel no tradicional pico da Califórnia foi na polêmica eliminação de 2016. Gabriel perdeu na 3ª fase da etapa de Trestles para o surfista local Tanner Gudauskas, com um julgamento considerado controverso por grande parte do mundo surfe. A derrota acabou custando o título mundial para o brasileiro. Medina coleciona como melhores resultados em etapas da elite em Trestles um 3º (2015) e um 5º (2014).

- Ganhar o terceiro título mundial é o meu maior objetivo. A emoção de conquistar o título é incrível. Todos os surfistas que eu mais admiro ganharam três títulos, então eu realmente quero fazer parte desse grupo - disse Gabriel.

Medina decolando nas esquerdas de Trestles em 2012

ASP / Rowland

Fonte: Globo Esporte/G1

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