Bancários terão reajuste de 10,97% este ano

Por Redação em 14/09/2021 às 17:25:35

O reajuste corresponde à reposição da inflação (INPC entre 1º de setembro de 2020 e 31 de agosto de 2021) mais aumento real de 0,5% Os sindicatos dos bancários informaram que a categoria fechou acordo para um reajuste de 10,97% este ano, que incidirá sobre salários, vale alimentação e vale refeição, sobre as parcelas fixa e adicional e teto da PLR e demais verbas. O reajuste corresponde à reposição da inflação (INPC entre 1º de setembro de 2020 e 31 de agosto de 2021) mais aumento real de 0,5%.

Segundo os sindicatos, com isso a categoria bancária será uma das poucas no Brasil a conquistar reajuste acima da inflação este ano. Segundo dados do Ministério do Trabalho compilados pelo Dieese, até julho de 2021, apenas 17,5% das negociações foram acima do INPC, 32,2% iguais ao INPC e 50,3% abaixo do INPC.

"Isso demonstra que fomos muito certeiros ao fechar um acordo de dois anos na nossa campanha do ano passado. Conseguimos, dessa forma, avanços nas cláusulas econômicas e também a manutenção de todos os nossos direitos, num momento extremamente desfavorável aos trabalhadores, com crise econômica, desemprego e ataques a direitos", ressalta a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva. Ela é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria na mesa de negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

A Fenaban é uma estrutura paralela à Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Trata-se do braço sindical do sistema financeiro, que representa os associados em todas as questões trabalhistas. Em seu site, a Fenaban afirma que as convenções coletivas dos bancários para o período 2020-2022 foram um processo sem paralelo na história do país. "Em meio à grave crise de saúde, uma negociação coletiva histórica foi aprovada em assembleias virtuais com aproximadamente 150 mil trabalhadores sindicalizados e não sindicalizados realizadas por todas as regiões. Ao final, o êxito da negociação trouxe benefícios tanto para os bancários quanto para o conjunto da população brasileira que depende do funcionamento de agências e postos bancários."

O reajuste de 10,97% incidirá também sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Ela é paga em duas etapas: a primeira acontece até 30 de setembro e a segunda em 2022, com o fechamento do balanço dos bancos deste ano e a consolidação dos seus lucros. Os bancos têm até 1º de março de 2022 para creditar a parcela final da PLR 2021.

Nos balanços do segundo trimestre, os bancos já tinham alertado que a inflação elevada deveria levar a reajustes maiores para a categoria, o que pesaria nos gastos este ano e no próximo. O diretor de relações com investidores do Banco do Brasil, Daniel Maria, disse que o tema representava um desafio muito grande. O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Jr, também comentou que o reajuste traria impacto nas despesas.

Fonte: Valor Econômico

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