CPI da Covid-19 marca mais um depoimento para a segunda-feira

Por Redação em 16/10/2021 às 20:00:47

A CPI da Covid-19 agendou mais um depoimento para a segunda-feira, 18, véspera da leitura do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL). Inicialmente, seria ouvido apenas o representante do Conselho Nacional de Saúde (CNS) Nelson Mussolini, que integra a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Os senadores, porém, também convocaram Elton da Silva Chaves, do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). A sessão está marcada para às 9h. As testemunhas serão questionadas sobre o adiamento da votação de um parecer da Conitec que atestava a ineficácia do chamado “kit-Covid”. O relatório foi retirado da pauta da reunião que ocorreu na quinta-feira, 7. Os parlamentares querem esclarecer se houve interferência política do Palácio do Planalto.

Ainda na segunda-feira, o colegiado vai realizar uma audiência pública destinada ao depoimento de familiares de vítimas da Covid-19. Os convidados representam as cinco regiões do país. São eles: Mayra Pires Lima, enfermeira de Manaus, que perdeu a irmã por conta da crise da falta de oxigênio de Manaus; Geovana Dulce, de 19 anos, órfã de mãe e que terá a guarda da irmã de 10 anos; Kátia Shirlene Castilho dos Santos, órfã de pai e mãe; Rosane Brandão, cujo marido, professor da Universidade Federal de Pelotas, morreu por complicações da doença; e Jarquivaldo Bites Leite, infectado pela doença e em tratamento com graves sequelas. “O testemunho dessas pessoas é de extrema importância, uma vez que nos aproxima da dor do outro e dá voz a milhares de outras famílias que foram dilaceradas por essa pandemia”, diz um trecho do requerimento apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Na terça-feira, 19, o senador Renan Calheiros fará a leitura de seu relatório, que será votado na quarta-feira, 20. Como a Jovem Pan mostrou, o parecer do emedebista vai sugerir o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por pelo menos 11 crimes: epidemia com resultado de morte; infração a medidas sanitárias; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documentos particulares; charlatanismo; prevaricação; genocídio de indígenas; crimes contra a humanidade; crime de responsabilidade; e homicídio comissivo por omissão. Os pedidos de indiciamento envolvendo o chefe do Executivo federal serão entregues à Procuradoria-Geral da República (PGR), a quem cabe julgar autoridades com prerrogativa de foro.

Fonte: JP

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