ANÁLISE: evangélicos e região Sul ajudam a estancar a queda na avaliação de Lula, aponta diretor da Quaest

Por Redação em 08/05/2024 às 10:47:04

Governo conseguiu frear piora na avaliação nesses dois segmentos, que era constante desde agosto. Segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (8), 50% aprovam o trabalho de Lula e 47% desaprovam; fatias empatam tecnicamente pela 1ÂȘ vez. Presidente da RepĂșblica, Luiz InĂĄcio Lula da Silva

Ricardo Stuckert/PR

O desempenho entre os eleitorados evangélico e do Sul do paĂ­s ajudaram a estancar a queda na avaliação de Lula (PT), segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes.

Nesta quarta-feira (8), a Quaest divulgou um levantamento que aponta que 50% dos eleitores aprovam o trabalho de Lula e 47% desaprovam, uma oscilação dentro da margem de erro em relação ao levantamento anterior (51% e 46%, respectivamente). O levantamento, encomendado pela Genial Investimentos, ouviu 2.045 pessoas, em 120 municĂ­pios, entre os dias 2 e 6 de maio.

Como a margem de erro é de 2,2 percentuais para mais ou para menos, os nĂșmeros indicam empate técnico entre aprovação e desaprovação. É a primeira vez e que isso acontece desde fevereiro de 2023, inĂ­cio do terceiro governo do petista.

Segundo Felipe Nunes, os nĂșmeros mostram que o governo conseguiu parar a queda na avaliação. Em agosto de 2023, Lula tinha 60% de aprovação e 35% de reprovação (veja no infogrĂĄfico abaixo).

"A aprovação parou de cair, muito porque [a avaliação de Lula] parou de piorar no Sul e entre os evangélicos. As pessoas ainda tĂȘm uma percepção negativa da economia, acham que Lula não estĂĄ entregando o que prometeu", afirma Nunes.

Entre os evangélicos, 58% aprovam e 39% desaprovam Lula. Na Ășltima pesquisa, em fevereiro, os percentuais eram de 62% e 35%, respectivamente. Como a margem de erro é de 4 pontos nesse segmento, não é possĂ­vel dizer que a avaliação melhorou, mas que parou de piorar, como vinha acontecendo desde agosto, quando a aprovação era de 50% e reprovação, de 46%.

O mesmo acontece com os eleitores do Sul. A pesquisa atual apontou que 52% desaprovam e 47% aprovam o trabalho do presidente. Em agosto, 59% aprovavam e 38% desaprovavam (veja abaixo).

Nunes afirma que não é possĂ­vel dizer se a mudança decorre da resposta do governo federal às inundações no Rio Grande do Sul.

"Mas, dĂĄ para especular que, obviamente, esse evento de grandes proporções terĂĄ efeito sobre a imagem e percepção que as pessoas tĂȘm sobre o governo", afirma o diretor da Quaest.

Governo ainda não foi capaz de mudar o humor do eleitorado, diz Nunes

O diretor da Quaest ressalta que o governo Lula " não foi capaz de mudar o humor do eleitorado", e que a desaprovação de Lula se estabilizou num patamar alto.

Para Nunes, um dos fatores que ajudam a explicar esse nĂșmero é que a percepção das pessoas sobre a economia.

A pesquisa aponta, por exemplo, que 43% das pessoas acreditam que o desemprego aumentou nos Ășltimos 12 meses e 32%, que diminuiu. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂ­stica (IBGE), entretanto, a taxa de desemprego recuou de 7,9% no 4Âș trimestre de 2022 para 7,4% no 4Âș trimestre de 2023.

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Fonte: G1

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