Casa Civil fala em mínimo de vetos e promete blindar orçamento secreto na sanção

Por Redação em 14/01/2022 às 20:36:35

Após aumentar o poder sobre o Orçamento de 2022, a Casa Civil afirmou que hĂĄ um esforço do governo do presidente da RepĂșblica, Jair Bolsonaro, para sancionar a peça orçamentĂĄria deste ano com um "mĂ­nimo de vetos" sem tocar nas emendas de relator, verbas que estão no centro do orçamento secreto. Bolsonaro tem até o dia 21 de sancionar para sancionar o Orçamento.

Em um podcast oficial da pasta, o secretĂĄrio-executivo da Casa Civil, Jônathas Castro, afirmou que o governo identificou a necessidade de recompor aproximadamente R$ 3 bilhões em despesas de pessoal, que são programações obrigatórias, e por isso terĂĄ que vetar alguns recursos, mas sem afetar as chamadas emendas RP-9.

"A gente estĂĄ fazendo todo o esforço para não ter que afetar em nada outras rubricas que possam, por exemplo, afetar a relação do Legislativo com o Executivo e eu falo especificamente do RP-9. Se falou esta semana em algumas matérias, mas jĂĄ existe uma diretriz que nós não vamos nessa direção", afirmou o nĂșmero 2 do ministro Ciro Nogueira.

O Orçamento foi aprovado pelo Congresso com um total de R$ 16,480 bilhões de recursos carimbados pelo orçamento secreto. O valor foi negociado com o Ministério da Economia. A equipe econômica, no entanto, reagiu a aprovação de outras verbas que teriam sido negociadas "por fora", sem aval da pasta e do próprio PalĂĄcio do Planalto. Essas despesas entraram no alvo dos vetos.

O relator do Orçamento, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), incluiu um total de R$ 10,7 bilhões em verbas sob controle dos ministérios, após acordos envolvendo os ministros das pastas e os parlamentares. Ainda não hĂĄ identificação, porém, de quais recursos entrarão no corte durante a sanção do Orçamento.

Conforme decreto assinado nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, a Casa Civil passarĂĄ a dar aval e ter o poder de vetar as decisões que fazem parte do dia a dia do governo federal na gestão dos recursos pĂșblicos.

Durante a gravação, o subchefe de AnĂĄlise Governamental da Casa Civil, Eduardo Aggio, admitiu o carĂĄter polĂ­tico da decisão. "Temos uma convergĂȘncia de duas visões, a primeira é a visão econômica e a segunda é a visão polĂ­tica. É natural que qualquer ato as polĂ­ticas pĂșblicas, de que forma vocĂȘ aloca isso dentro do governo, passem por uma visão do centro de governo, que naturalmente é função precĂ­pua da Casa Civil."

Ainda de acordo com Aggio, o poder da pasta garantirĂĄ a efetividade das decisões tomadas na Junta de Execução OrçamentĂĄria (JEO) e também a divisão do ônus das decisões entre a equipe econômica e a ala polĂ­tica.

Fonte: Isto É

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