Voluntário brasileiro que morreu não recebeu vacina de Oxford

Por Redação em 21/10/2020 às 16:20:32

O voluntário brasileiro que participava das pesquisas da vacina AstraZeneca/Oxford contra o novo coronavírus e morreu com complicações da Covid-19 não teria recebido a imunização contra a doença. A informação é da agência de notícias Bloomberg, que contatou um familiar que não quis se identificar, já que as informações sobre o caso são confidenciais. O brasileiro teria recebido um placebo. O teste com as vacinas desenvolvidas pela Oxford já atingiram oito mil brasileiros, de acordo com o Instituto D"Or de Pesquisa e Ensino (IDOR).

A morte do voluntário foi confirmada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta quarta-feira, 21, dois dias após o recebimento oficial da informação de que o brasileiro teria morrido. Os dados do paciente, porém, não foram detalhados por respeito às cláusulas de confidencialidade envolvidas na pesquisa internacional. Apesar da morte, que não foi relacionada com a vacina até o momento, as pesquisas continuam. "Os dados sobre voluntários de pesquisas clínicas devem ser mantidos em sigilo, em conformidade com princípios de confidencialidade, dignidade humana e proteção dos participantes", pontuou a agência.

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O IDOR, que administra a pesquisa com pacientes no Rio de Janeiro, afirmou que apenas metade dos voluntários da pesquisa recebem o imunizante produzido pela universidade de Oxford, mas não detalhou se ele teria ou não recebido a dose, já que o estudo é "randomizado e cego". A AstraZeneca Brasil também afirmou que não vai comentar sobre casos individuais de estudo clínico em andamento. "Todos os eventos médicos significativos são avaliados cuidadosamente pelos investigadores do estudo, um comitê independente de monitoramento de segurança e autoridades regulatórias".Até o momento, oito mil pessoas receberam a vacina nos testes do Brasil, que são aplicados em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte.

Fonte: JP

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