Polícia conclui inquérito sobre sumiço de documentos na Casa Civil em MT

Por Redação em 16/12/2022 às 21:15:46

Conclusão foi entregue à Justiça. Casos ocorreram entre 2014 e 2017, com mais de 52 mil interceptações telefônicas. Tribunal de Justiça de Mato Grosso

Tribunal de Justiça de Mato Grosso

A investigação policial sobre fraude no setor de protocolo da Casa Civil, no esquema conhecido como "Grampolândia Pantaneira", foi encaminhado à Justiça, nesta sexta-feira (16). Ao todo, foram abertos sete inquéritos sobre o caso, sendo que dois ainda estão em andamento.

Neste desdobramento, o objetivo era investigar o sumiço de vários documentos apresentados por promotores à época, na qual denunciavam todo o esquema criminoso das captações telefônicas ilegais no governo estadual, através de um escritório clandestino orquestrado por policiais militares e agentes públicos, de acordo com a polícia.

Na investigação, foram constatados os supostos crimes de inserção de dados falsos no sistema governamental, bem como supressão de dados e obstrução à Justiça. O esquema ocorreu entre 2014 e 2017, com mais de 52 mil interceptações telefônicas.

Escutas ilegais

Cerca de 80 números de telefone foram grampeados pelo núcleo de inteligência da Polícia Militar de Mato Grosso em um esquema ilegal de espionagem. O caso ficou conhecido como "Grampolândia Pantaneira".

As interceptações clandestinas teriam ocorrido entre outubro de 2014 e agosto de 2015 e tiveram entre os alvos o desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) José Ferreira Leite, a deputada estadual Janaína Riva (PMDB) e o vereador Vinícius Hugueney (PP).

Autoridades, profissionais liberais, jornalistas e advogados tiveram os telefonemas interceptados em um esquema conhecido como "barriga de aluguel", no qual os números foram inseridos indevidamente em processos de investigação de tráfico de drogas para obter autorização judicial para a quebra de sigilo.

Na época, o ex-secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, disse ter entregue ao governador documentos que comprovavam a existência de 'escritório clandestino de espionagem', para que o caso fosse investigado. No entanto, o governador negou ter recebido essa documentação.

Fonte: G1

Comunicar erro
Agro Noticia 728x90