Metade dos presos pelos ataques golpistas em Brasília recebeu auxílio-emergencial, diz MPF

Por Redação em 17/02/2023 às 14:40:49

Dados de grupo técnico do Ministério PĂșblico mostra que maioria dos detidos são homens e tem entre 36 e 55 anos. PGR jĂĄ denunciou 835 pessoas. Levantamento elaborado por um grupo técnico do Ministério PĂșblico Federal (MPF) mostrou que das cerca de mil pessoas presas pelos ataques golpistas de 8 de janeiro, metade recebeu o auxĂ­lio-emergencial.

O benefĂ­cio foi pago pelo governo federal como medida de resgate aos mais vulnerĂĄveis no momento mais agudo da pandemia de Covid.

513 presas após atos golpistas em BrasĂ­lia recebem colchões especiais na prisão

Bolsonaristas radicais invadiram e depredaram o PalĂĄcio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional no inĂ­cio de janeiro.

Após os atos, 1406 pessoas foram presas em flagrante, mas parte jĂĄ foi liberada mediante aplicação de medidas cautelares, como recolhimento noturno. Outros 942 vândalos tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva.

O levantamento também mostrou que:

? aproximadamente 60% dos detidos são homens;

? maioria possui idade entre 36 e 55 anos;

? menos de um quinto possui filiação partidĂĄria;

? alguns dos presos se candidataram em eleições passadas ou forneceram serviços para campanhas polĂ­ticas.

O grupo responsĂĄvel pelos dados é vinculado à Secretaria de PerĂ­cia, Pesquisa e AnĂĄlise (Sppea), órgão responsĂĄvel por dar apoio especializado e técnico às investigações de todo o MPF. O objetivo é agilizar a coleta de informações e ajudar na celeridade das investigações.

Por meio dos dados levantados, é possĂ­vel individualizar as condutas dos golpistas, o que contribui para a apresentação de denĂșncias contra os envolvidos.

DenĂșncias

Até o momento, a Procuradoria Geral da RepĂșblica (PGR) jĂĄ denunciou 835 pessoas, 139 delas na Ășltima terça-feira (14).

Destas, 645 são consideradas incitadoras, ou seja, participaram do ato ou estavam acampadas em frente ao Quartel-General do Exército, em BrasĂ­lia, mas não depredaram ativamente os prédios pĂșblicos da Praça dos TrĂȘs Poderes.

189 são considerados executores: praticaram invasão dos prédios, vandalismo e depredação.

Entre os crimes apontados pela PGR estão:

? associação criminosa armada;

? abolição violenta do Estado DemocrĂĄtico de Direito;

? golpe de Estado;

? dano qualificado contra o patrimônio da União;

? deterioração de patrimônio tombado.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes é o responsĂĄvel pelas investigações na Corte.

Fonte: G1

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