Dólar opera em queda, em dia de decisão de juros no Brasil e nos EUA; Ibovespa sobe

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Por Redação em 01/11/2023 às 10:50:13

Na véspera, a moeda norte-americana havia registrado queda de 0,13%, cotada a R$ 5,0406. Já o principal índice acionário da bolsa brasileira encerrou em alta de 0,54%, aos 113.144 pontos.

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O dólar operava em queda nesta manhã, na medida em que investidores seguiam em compasso de espera pelas decisões de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Banco Central do Brasil.

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) deve ser anunciada por volta das 18h30, enquanto o Fed deve fazer seu anúncio por volta das 15h.

Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, operava em alta nos primeiros minutos do pregão.

Veja abaixo o dia nos mercados.

Dólar

Às 10h27, o dólar operava em queda de 0,32%, cotado a R$ 5,0243. Veja mais cotações.

Na véspera, a moeda norte-americana encerrou a sessão com um recuo de 0,13%, cotada a R$ 5,0406. Com o resultado, passou a acumular:

ganhos de 0,56% na semana;

alta de 0,28% no mês;

queda de 4,50% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa operava em alta de 0,64%, aos 113.871 pontos.

Na véspera, o índice havia fechado com um avanço de 0,54%, aos 113.144 pontos. Com o resultado, passou a acumular:

queda de 0,14% na semana;

recuo de 2,94% no mês;

ganho de 3,11% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

O principal destaque desta sessão fica com a "Super quarta" — como é chamado o dia em que tanto o Fed quanto o BC brasileiro divulgam suas decisões de juros.

Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para decidir qual será o patamar de juros nos próximos 45 dias. Segundo especialistas entrevistados pelo g1, a expectativa é que o BC faça um novo corte de 0,50 ponto percentual (p.p.) na Selic, levando a taxa a 12,25% ao ano.

Se confirmado, esse será o terceiro corte seguido da taxa básica — que cairá ao menor patamar desde maio de 2022, quando estava em 11,75% ao ano.

Veja as consequências econômicas para a queda dos juros

A XP, por exemplo, avaliou, em comunicado, que os dados recentes sobre inflação e atividade continuam a sugerir espaço para redução de juros.

A instituição projetou corte para 12,25% ao ano, mas acrescentou que, em sua visão, uma aceleração no ritmo de corte é cada vez menos provável "em linha com a elevação nos juros americanos e riscos fiscais [nas contas públicas] persistentes no quadro doméstico".

A projeção do mercado financeiro é que a taxa de juros tenha uma nova queda em dezembro deste ano e termine 2023 em 11,75% ao ano. Para 2024, a estimativa é de que a taxa Selic feche o ano em 9,25% ao ano.

Vale destacar que quanto mais baixos os juros estiverem, maior tende a ser o apetite por risco no mercado. Assim, investidores tendem a vender seus títulos de renda fixa e comprar ações, por exemplo, impulsionando a bolsa brasileira para cima.

Já nos Estados Unidos, a expectativa do mercado é de que o Fed mantenha as taxas de juros inalteradas. Dessa forma, os investidores se concentrarão principalmente nas falas do presidente da instituição, Jerome Powell, ainda nesta quarta, para avaliar por quanto tempo o banco central poderá manter as taxas elevadas.

"Sabemos que Jerome Powell não dará por encerrada a política de aperto depois de ver os dados de crescimento impressionantes", disse Ipek Ozkardeskaya, analista sênior do Swissquote Bank, referindo-se ao Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA do terceiro trimestre, que cresceu a uma taxa anualizada de 4,9%.

Ainda no cenário internacional, as ações europeias subiram para um máximo de quase duas semanas nesta quarta-feira, impulsionadas pelo setor da saúde, com os investidores se preparando para o movimento de juros nos Estados Unidos.

Os índices chineses, por sua vez, permaneceram estáveis. As ações foram prejudicadas pela atividade fabril na China, que ficou abaixo da expectativa do mercado, levantando questões sobre o estado da frágil recuperação econômica do país no início do quarto trimestre.

Fonte: G1

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