A queda nas importações é justificada pelo recuo de, em média, 8,8% nos preços de itens importados. Já o volume trazido do exterior reduziu 2,6%.
"Isso significa que o gasto com importação foi menor principalmente por causa de queda de preços. Gosto de mencionar o exemplo de adubos e fertilizantes, que foram importados com preço 44,9% menor que no ano passado [2022] ao passo em que os volumes cresceram 7,5%", explicou a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.
A projeção do governo para 2024 é de queda de 4,5% no saldo da balança comercial, que deve fechar o ano em US$ 94,4 bilhões.
Segundo Prazeres, a redução do superávit está relacionada ao aumento nas importações. A previsão é que haja aumento de 5,4% no valor importado em 2024.
"[Em 2023] nós tivemos uma redução expressiva, relevante eu diria, das importações e há uma mudança desse cenário para o ano que vem [2024]", disse.
Por outro lado, as exportações devem atingir um novo recorde, chegando a US$ 348,2 bilhões, sendo puxada pelo volume exportado.
"Devo destacar que temos uma previsão de uma safra recorde para 2024, inclusive de soja, que tem uma importância tão grande para a nossa balança comercial, então nossa expectativa é de um recorde acima de um recorde já realizado este ano", afirmou a secretária. Contudo, ela não descarta revisões futuras dessa projeção.
O vice-presidente, Geraldo Alckmin, anunciou nesta sexta-feira (5) que os Estados Unidos suspenderam a proteção comercial que impedia ou sobretaxava as importações de tubos de aço produzidos no Brasil.
De acordo com a secretária de Comércio Exterior, a decisão foi tomada na quinta-feira (4) e já está em vigor. "É uma medida muito positiva para as nossas exportações", afirmou.
Como uma medida de proteção do mercado interno, os Estados Unidos taxam importações de tubos desde 1992, cobrando 103,4% sobre o valor do produto.
Segundo o governo, só o Brasil foi excluído da lista de exportadores taxados.
Fonte: G1