Economia da China cresceu 5,2% em 2023, antecipa premiê chinês

Por Redação em 16/01/2024 às 16:35:44

O premiê chinês, Li Qiang, afirmou nesta terça-feira (16) em um discurso em Davos que a economia da China cresceu cerca de 5,2% no ano passado, superando a meta oficial do país de 5% e a expansão de 3% em 2022, segundo o "Financial Times".

Durante sua fala no Fórum Econômico Mundial, Li afirmou que a taxa de crescimento em 2023 foi alcançada sem "estímulos maciços" e que a economia estava em "progresso constante". Para o primeiro-ministro, a economia chinesa pode lidar com altos e baixos no seu desempenho, assim como "uma pessoa com um sistema imunológico forte".

Li também disse que o retorno do investimento estrangeiro direto na China foi de cerca de 9% e que o país permaneceu aberto aos negócios internacionais, reiterando que "escolher o mercado chinês não é um risco, mas sim uma oportunidade". "Abraçamos os investimentos em empresas de todos os países de braços abertos", acrescentou.

A meta de crescimento de 5% para 2023 foi a mais baixa da China em décadas, em meio a emergência econômica prejudicada por uma desaceleração imobiliária após a pandemia de Covid-19, a queda das exportações e a falta de confiança dos investidores.

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O anúncio do PIB pelo premiê veio como uma surpresa para os economistas, que esperavam a divulgação oficial dos dados apenas nesta quarta-feira (17) pelo Departamento Nacional de Estatísticas.

Além disso, Li tentou acalmar as preocupações sobre a recuperação do país da pandemia e citou o que ele descreve com um "déficit de confiança" entre as nações. Em uma crítica velada aos EUA, ele disse que o "multilateralismo" não significa que apenas alguns países poderiam definir as regras.

Li disse ao público em Davos que a compreensão do momento atual da economia chinesa e para qual direção está indo se assemelha a "caminhar nos Alpes", já que "para ver a beleza das montanhas é preciso diminuir o zoom e olhar de longe".

Um comunicado divulgado hoje pelo gabinete do presidente chinês, Xi Jinping, mostrou o interesse do país em investir em uma economia voltada para pessoas mais velhas, à medida que procura capitalizar as oportunidades comerciais oferecidas pelo rápido envelhecimento da população.

O documento apresentou um plano para realização da meta, além de abordar a necessidade de investimento financeiro para satisfazer as necessidades dos idosos e um maior acesso a serviços de saúde, educação e lazer.

Fonte: G1

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