PF investiga se jet ski usado em pescaria da família Bolsonaro foi usado para ocultar provas

Por Redação em 31/01/2024 às 17:26:39

Foto: Reprodução internet

A PolĂ­cia Federal (PF) investiga se um jet ski que teria sido usado pela famĂ­lia Bolsonaro para pescar antes do inĂ­cio da operação desta segunda-feira, 29, contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), etapa do inquérito que mira o "nĂșcleo polĂ­tico" vinculado a servidores da Abin, foi utilizado para transportar e esconder provas ou materiais suspeitos que estivessem com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos.

De acordo com o site Metrópoles, uma das trĂȘs embarcações usadas pelo clã momentos antes da operação não voltou do mar enquanto os policiais estavam na casa de veraneio da famĂ­lia em Angra dos Reis (RJ).

De acordo com o portal, a PF apurou que Bolsonaro e os trĂȘs filhos, Carlos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador FlĂĄvio Bolsonaro (PL-RJ), amigos e assessores, saĂ­ram da residĂȘncia em Angra em um barco e dois jet skis às 6h40, após a famĂ­lia ter notĂ­cias da operação.

Um dos jet skis não teria voltado com o grupo. Os agentes da PF chegaram ao local às 8h40. Por volta de 9h30, Eduardo voltou em um dos jet skis. Carlos e o ex-presidente Bolsonaro retornaram às 11h em um barco.

O senador FlĂĄvio Bolsonaro não retornou com o grupo. Segundo o Metrópoles, a PF suspeita de que o senador tenha conduzido o jet ski até a casa de conhecidos na região.

A defesa de Carlos Bolsonaro não respondeu aos contatos da reportagem.

Relembre a operação que teve Carlos Bolsonaro como alvo

Agentes da PolĂ­cia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços do vereador, entre eles a Câmara do Rio. Outro endereço abordado foi a casa de veraneio de Bolsonaro, em Angra dos Reis, onde Carlos estava com o pai. Foram apreendidos um celular do vereador, notebook, computadores desktop e documentos.

A nova etapa do inquérito mira o "nĂșcleo polĂ­tico" vinculado a servidores da Abin. A PF busca identificar os "principais destinatĂĄrios e beneficiĂĄrios das informações produzidas ilegalmente" por uma "Abin paralela", supostamente criada para monitorar pessoas consideradas adversĂĄrias de Bolsonaro e atuar por interesses polĂ­ticos e pessoais do ex-presidente e dos filhos.

Além do vereador, são citados na investigação uma assessora de Carlos na Câmara Municipal, Luciana Paula Garcia da Silva Almeida; uma assessora de Ramagem na Câmara dos Deputados, Priscila Pereira e Silva; e um militar do Exército cedido para a Abin, Giancarlo Gomes Rodrigues. Na casa de Rodrigues, em Salvador, foi apreendido um notebook da Abin. A mulher do militar é servidora da agĂȘncia. Houve, ainda, diligĂȘncias em BrasĂ­lia e em Formosa (GO).

Fonte: Isto É

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