Se for provado que auditor quis 'induzir' fiscalização, punição será 'exemplar', diz corregedor do TCU

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O corregedor do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, afirmou ao blog que, se for provado que o auditor que produziu uma nota sobre mortes por Covid buscou "induzir" a fiscalização, a punição será "exemplar".

Nesta segunda, o presidente Jair Bolsonaro mencionou um relatório do TCU segundo o qual haveria supernotificação de mortes por Covid. No mesmo dia, o tribunal desmentiu o presidente, negando ser autor do relatório.

Nesta terça, o TCU informou que vai apurar a conduta do auditor que produziu a nota e que o documento trata somente da "análise pessoal" desse servidor.

"Os fatos até aqui apurados pela Corregedoria são graves e será necessário aprofundamento para avaliar a sua real dimensão. Para isso é necessária uma decisão da Presidente do TCU, Ministra Ana Arraes", afirmou Bruno Dantas ao blog.

"Ainda é cedo para extrair conclusões, mas, se ficar comprovado que o auditor utilizou o cargo para induzir uma linha de fiscalização orientada por convicções políticas, isso será punido exemplarmente", acrescentou o corregedor do TCU.

Segundo fontes do tribunal, a expectativa é que haja o afastamento cautelar do servidor. Além disso, segundo essas fontes, a tendência é de abertura de processo administrativo disciplinar.