Ministério da Saúde bloqueia envio de lotes da Coronavac suspensos até fim da investigação

Por Redação em 06/09/2021 às 21:19:44

No documento, a pasta orienta ainda que os lotes interditados, que correspondem a 12 milhões de doses, sejam separados dos demais e mantidos em temperatura adequada até que haja novo parecer O Ministério da Saúde informou hoje à tarde ter bloqueado, nos sistemas da pasta, 25 lotes de vacinas Coronavac que tiveram uso suspenso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo a pasta, o objetivo é evitar que as doses sejam distribuídas e aplicadas até que a agência termine as investigações sobre o caso.

A medida consta de nota técnica divulgada pelo ministério a Estados e municípios. No documento, a pasta orienta ainda que os lotes interditados, que correspondem a 12 milhões de doses, sejam separados dos demais e mantidos em temperatura adequada até que haja novo parecer.

O ministério, porém, não informou quantas dessas doses já foram aplicadas.

A decisão da Anvisa por interditar os lotes de forma cautelar foi divulgada no sábado. Segundo a agência, a medida ocorre porque eles foram envasados em uma fábrica da empresa chinesa Sinovac, parceira do Instituto Butantan, que não tinha sido avaliada e aprovada previamente pelo órgão na avaliação de uso emergencial da vacina.

Ainda de acordo com a Anvisa, a medida é temporária e ocorre por precaução, até que seja possível verificar se a unidade onde ocorreu o envase das doses atende às exigências atuais.

Segundo o órgão, pesquisa prévia feita pela agência apontou que a unidade também não teve parecer de outras agências internacionais parceiras, o que poderia facilitar a liberação. Com isso, novas inspeções podem vir a serem necessárias.

Em nota divulgada hoje, o Ministério da Saúde diz ainda que o volume de doses já distribuídas ou aplicadas "estão sendo rastreadas pelas equipes técnicas responsáveis e serão monitoradas e controladas até a decisão final da Anvisa". A pasta não informa a quantidade.

A orientação é que municípios onde as vacinas já haviam sido usadas monitorem quem recebeu os lotes por 30 dias. As doses também devem ser registradas em sistemas específicos, aponta a pasta federal.

Fonte: Valor Econômico

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