Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA têm mínima em 52 anos; PIB do 3º trimestre é revisado para cima

Por Redação em 24/11/2021 às 12:21:42

Ainda foi o ritmo de crescimento mais lento em mais de um ano, mas foi revisado ligeiramente para cima em relação ao ritmo de expansão de 2,0% relatado em outubro. O nĂșmero de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxĂ­lio-desemprego caiu para o seu menor patamar desde 1969 na semana passada, apontando para firmeza sustentada da economia dos Estados Unidos em um ano marcado por escassez e por uma pandemia sem previsão de término.

Os pedidos iniciais de auxĂ­lio-desemprego recuaram em 71 mil, para 199 mil em dado ajustado sazonalmente, na semana encerrada em 20 de novembro, informou o Departamento do Trabalho nesta quarta-feira (23). Esse foi o patamar mais baixo desde meados de novembro de 1969. Economistas consultados pela Reuters projetavam 260 mil pedidos na semana passada.

As solicitações tĂȘm diminuĂ­do desde outubro, embora o ritmo de redução tenha recuado nas Ășltimas semanas, à medida que os pedidos se aproximam da média pré-pandemia de cerca de 220 mil. O relatório foi divulgado mais cedo devido ao feriado de Ação de Graças nos EUA na quinta-feira.

Os dados podem ser afetados durante a temporada de festas de fim de ano. Os pedidos caĂ­ram de um recorde de 6,149 milhões no inĂ­cio de abril de 2020 e agora estão em uma faixa considerada consistente com condições saudĂĄveis do mercado de trabalho, embora a forte escassez de mão de obra causada pela pandemia esteja impedindo um crescimento mais rĂĄpido do emprego.

Foram criados 582 mil postos de trabalho em média por mĂȘs neste ano. Havia 10,4 milhões de vagas abertas ao final de setembro. A força de trabalho diminuiu em 3 milhões de pessoas ante seu patamar pré-pandemia, mesmo com o fim dos generosos benefĂ­cios financiados pelo governo federal, a reabertura de escolas para o aprendizado presencial e um aumento salarial pelas empresas.

A queda nas solicitações é consistente com os dados de vendas no varejo e produção industrial nos EUA, que sugerem que a economia estĂĄ retomando fôlego no quarto trimestre após uma desaceleração no perĂ­odo de julho a setembro, quando os casos de coronavĂ­rus explodiram durante o verão no Hemisfério Norte e a escassez se tornou mais generalizada.

Desaceleração do PIB

Um relatório separado do Departamento do Comércio nesta quarta-feira confirmou a forte desaceleração do crescimento econômico no terceiro trimestre. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 2,1% em taxa anualizada, informou o governo norte-americano em sua segunda estimativa de crescimento do PIB para o perĂ­odo.

Esse ainda foi o ritmo de crescimento mais lento em mais de um ano, mas foi revisado ligeiramente para cima em relação ao ritmo de expansão de 2,0% relatado em outubro. Economistas consultados pela Reuters esperavam que o crescimento do PIB no terceiro trimestre ficaria em 2,2%. A economia cresceu a uma taxa de 6,7% no segundo trimestre.


PIB dos EUA - 3Âș trimestre/2021 — Foto: Economia g1
PIB dos EUA - 3Âș trimestre/2021


A revisão para cima reflete um ritmo mais moderado de redução de estoque do que o estimado inicialmente, o que compensou uma grande queda nos gastos do consumidor.

Mas tudo isso estĂĄ no passado. Os gastos do consumidor parecem ter recuperado a velocidade em outubro, com as vendas no varejo disparando no mĂȘs passado, conforme os norte-americanos iniciavam mais cedo suas compras de Natal para evitar prateleiras vazias e pagar ainda mais caro por bens escassos.

Fonte: G1

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