Indicado por Jair Bolsonaro (sem partido) para o STF, André Mendonça aguarda hĂĄ quatro meses sua sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse ao programa ""Em Foco"", na GloboNews, que não tem como garantir a aprovação do nome de André Mendonça para a vaga do Supremo Tribunal Federal. "Nem em relação a ele, nem relação a nenhuma outra indicação (..) É um exercĂcio de soberania do Senado e eu não posso antever nem em relação ao ministro André Mendonça, nem em nenhuma outra indicação".
Quem é André Mendonça, indicado por Bolsonaro para ministro do STF
Nos bastidores, o Planalto faz crĂticas a Rodrigo Pacheco e atribui não apenas a Davi Alcolumbre (DEM-AP) a demora para pautar o nome de Mendonça, mas, também, ao que ministros do governo chamam de "pressão tardia" de Pacheco. Bolsonaristas acreditam que, por ser pré-candidato à PresidĂȘncia da RepĂșblica, Pacheco estaria incentivando um desgaste para o governo. Pacheco, por sua vez, nega e repete que os presidentes das comissões, como Alcolumbre, tĂȘm autonomia para decidirem suas pautas.
A suposta falta de pressão pela sabatina por parte de Pacheco também é a visão de Mendonça que, apesar de não ter certeza sobre o placar, diz a interlocutores que sua expectativa é de, pelo menos, 50 votos pela aprovação de sua indicação. No plenĂĄrio do Senado, ele precisa de, no mĂnimo, 41 votos.
Presidente da CCJ no Senado, Davi Alcolumbre, marca a sabatina de André Mendonça para a próxima semana
Mendonça aguarda hĂĄ quatro meses sua sabatina na CCJ. Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ele tem em comum com seu padrinho polĂtico a defesa da chamada agenda de costumes, que pretende levar para o STF.
A quem pergunta se isso seria subserviĂȘncia ao Planalto, Mendonça responde que ele seria exatamente assim indicado por qualquer presidente, afinal, é evangélico.
Bolsonaro indicou Mendonça com esse critério prioritĂĄrio: um nome "terrivelmente evangélico".