Cidade do Rio amplia 'passaporte de vacinação' para bares, restaurantes, shoppings, salões de beleza e táxis

Por Redação em 02/12/2021 às 09:36:13

Nova variante do coronavírus ômicron, originada do continente africano e que foi alvo de alerta da OMS na semana passada devido à alta transmissibilidade, é o principal motivo para a ação O secretário de Saúde da Cidade do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, confirmou nesta quinta-feira (02) que a gestão municipal ampliou alcance do chamado "passaporte de vacinação", na capital fluminense, ou seja, a exigência de mostrar comprovante de cobertura vacinal completa contra covid-19. A ideia, de acordo com Soranz, é que agora seja exigido o "passaporte" em bares, restaurantes, shoppings, hotéis, salões de beleza, táxis, e carros de aplicativo na cidade.

O motivo é a nova variante do coronavírus ômicron, originada do continente africano e que foi alvo de alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS) na semana passada devido à alta transmissibilidade. É a primeira vez que a prefeitura do Rio estabelece determinação de "passaporte de vacinação" para bares e restaurantes na cidade. O decreto sobre o tema já foi publicado e a decisão vale a partir de hoje.

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No decreto, publicado no Diário Oficial do Município de hoje, a gestão municipal informou que fica estabelecida a obrigatoriedade de comprovação de vacinação, contra covid-19, em serviços de embelezamento, estética e congêneres; shopping centers e centros comerciais; e serviços de transporte de passageiros por taxímetro ou aplicativo.

Também será obrigatória comprovação de vacinação para entrada em academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento e de condicionamento físico, clubes sociais e vilas olímpicas; estádios e ginásios esportivos; cinemas, teatros, salas de concerto, salões de jogos, circos, recreação; infantil e pistas de patinação; atividades de entretenimento, boates, casas de espetáculos, festas e eventos em geral que dependam de autorização transitória; locais de visitação turísticas, museus, galerias e exposições de arte, aquário, parques de diversões, parques temáticos, parques aquáticos, apresentações e drive-in.

Além disso, a obrigatoriedade de comprovação de vacinação também será exigida para conferências, convenções e feiras comerciais; estabelecimentos de hospedagem e acomodação de qualquer espécie, as locações de imóveis por temporada e os serviços contratados por aplicativo; e bares, lanchonetes, restaurantes, refeitórios e serviços de alimentação, para a acomodação de clientes sentados nas áreas internas ou; protegidas por cobertura de qualquer natureza, segundo o decreto da prefeitura.

Soranz comentou sobre o assunto informações em entrevista há pouco no jornal "Bom dia Rio" da TV Globo. Em sua fala ao jornal televisivo, Soranz informou que a prefeitura deve publicar decreto sobre o tema em breve. Antes do decreto, era exigido comprovante de vacinação apenas em entrada de cinemas e teatros, entre outros locais, no setor de serviços do Rio.

No entanto, com a chegada nova variante ao mundo e ao Brasil, essa estratégia mudou, informou Soranz. "Estamos preocupados com a nova variante. A principal estratégia é exigir passaporte de vacinação", afirmou ele.

O secretário notou que a decisão visa manter a população carioca cada vez mais protegida no quadro sanitário ligado à covid-19. Ele lembrou que os casos e óbitos relacionados à doença continuam em queda, na capital fluminense, devido à alta cobertura vacinal na localidade.

No entanto, 600 mil pessoas, no Rio, não voltaram para segunda dose de vacina contra covid-19 na data marcada. A ideia, de acordo com o secretário, é estimular essas pessoas a completarem esquema vacinal.

No caso da fiscalização sobre o tema, o decreto estabelece que caberá ao Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária, da Secretaria Municipal de Saúde - S/IVISA-RIO, por meio de suas autoridades sanitárias competentes. No caso dos motoristas de aplicativo e de táxis, eles mesmo podem exigir comprovante de vacinação informou Soranz. "É importante que todos ajudem a prefeitura nessa fiscalização" afirmou ele. No caso de não cumprimento da determinação, está prevista multa, segundo o decreto.

O secretário falou também sobre cancelamento ou não da festa de Réveillon, na capital fluminense, devido à possibilidade de chegada da nova variante de covid-19, e possibilidade de transmissão ampla da ômicron.

Essa semana, o prefeito do Rio Eduardo Paes (PSD) informou que até 15 de dezembro a gestão municipal decidirá se mantém ou não a festa de fim de ano na cidade. Soranz também comentou o tema. "Se tivermos qualquer mudança em nosso cenário epidemiológico, podemos ter que cancelar a festa [Réveillon]" disse o secretário. "Nesse momento não temos essa decisão. O número de casos continua extremamente baixo. Se esse cenário continuar podemos ter a festa" afirmou o secretário.

No site Painel Rio Covid-19, disponibilizado na internet pela prefeitura do Rio, a gestão municipal da cidade contabiliza um total de 12.140.520 e doses aplicadas de vacina contra a doença na capital. Esses números levam a cenário de 99,9% da população acima de 12 anos na capital fluminense com primeira dose ou dose única; e de 90% com segunda dose ou dose única, de acordo com cálculos da prefeitura. No caso de população acima de 18 anos, os porcentuais são respectivamente de 99,9% e de 95%, para cada uma dessas duas delimitações. Isso conduz a um cenário de 77,1% de população total carioca vacinada com duas doses ou dose única do imunizante. Os dados são atualizados até as 8h de 2 de dezembro.

No Rio de Janeiro, são contabilizadas 25.407.401 de doses aplicadas em todo o Estado, até as 08h07 de 2 de dezembro. Isso conduz a cenário de 72% da população do Estado com 12 anos ou mais já vacinada com duas doses ou dose única de imunizante contra covid-19.Os dados constam do "Vacinômetro" disponibilizado em portal na internet pelo governo fluminense.

Movimento no Shopping Leblon

Marcia Foletto/Agência O Globo

Fonte: Valor Econômico

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