Com a ômicron, Reino Unido registra mais de 100 mil casos de covid-19 em um dia

Por Redação em 22/12/2021 às 16:06:32

Recorde diário da pandemia deve colocar mais pressão sobre o governo para reforçar as medidas de combate ao vírus, embora o primeiro-ministro Boris Johnson tenha descartado essa possibilidade antes do Natal O Reino Unido superou nesta quarta-feira, pela primeira vez desde o início da pandemia, a marca de 100 mil casos de covid-19 nas últimas 24 horas.

O novo recorde, estabelecido em meio à onda provocada pela variante ômicron, deve colocar mais pressão sobre o governo para reforçar as medidas de combate ao vírus, embora o primeiro-ministro Boris Johnson tenha descartado essa possibilidade antes do Natal.

Mais 106.122 novos casos de covid-19 foram registrados em todo o Reino Unido nas últimas 24 horas, um aumento de 35% em relação à última quarta-feira.

Em Londres, a região mais atingida pela disseminação da ômicron, mais 301 pessoas foram internadas no último dia 20, o número mais alto registrado desde o dia 7 de fevereiro, quando a Inglaterra estava sob lockdown.

Johnson está sendo pressionado por seus conselheiros científicos, que dizem que quanto mais cedo o governo agir, menos severa será a onda de casos da ômicron. No entanto, ele enfrenta uma revolta de um número crescente de integrantes do Partido Conservador, que são contrários às novas restrições.

As últimas medidas anunciadas pelo governo só foram aprovadas no Parlamento britânico graças aos votos do Partido Trabalhista, de oposição a Johnson.

Mais cedo, o Reino Unido anunciou novos acordos com a Pfizer e a MSD para a compra de medicamentos contra a covid-19 que podem ser tomados em casa, como uma forma de reduzir as hospitalizações causadas pela ômicron.

Embora as internações estejam aumentando na Inglaterra, um estudo realizado na Escócia sugeriu que pessoas infectadas pela ômicron correm um risco significativamente menor de hospitalização do que aquelas que contraíram cepas anteriores do vírus.

Os cientistas alertaram, no entanto, para a elevada transmissibilidade da ômicron e sua capacidade de escapar parcialmente à proteção dada pelas vacinas ou por uma infecção anterior. Isso significa que a variante ainda tem o potencial de causar um grande número de internações e mortes simplesmente porque pode infectar uma grande quantidade de pessoas.

“A combinação de maior risco de transmissão e evasão imunológica da ômicron significa que qualquer vantagem na redução da hospitalização poderia ser potencialmente excedida por maiores taxas de infecção na comunidade”, disseram pesquisadores da Universidade de Edimburgo em um artigo que detalhe as descobertas.

Estação de Waterloo, em Londres

Matt Dunham/AP Photo

Fonte: Valor Econômico

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