Rio poderia vacinar todas crianças de 5 a 11 anos em uma semana contra covid-19, diz secretário

Por Redação em 07/01/2022 às 09:45:38

Temos capacidade instalada para vacinar 130 mil crianças por dia. Poderíamos vacinar todas as crianças em uma semana”, afirma Daniel Soranz A cidade do Rio de Janeiro tem capacidade instalada, para vacinação contra covid-19, em período de uma semana de todas as crianças elegíveis para imunização contra a doença na faixa de 5 anos a 11 anos. A informação é do Secretário de Saúde da capital fluminense, Daniel Soranz.

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Nessa manhã, Soranz e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), afirmaram que a vacinação infantil poderia ser antecipada caso houvesse disponibilidade de vacinas, cuja responsabilidade de distribuição, no país, é do Ministério da Saúde. Atualmente, o calendário na capital fluminense prevê vacinação nessa faixa etária iniciando em 17 de fevereiro com crianças de até 11 anos e terminando em 9 de fevereiro com crianças de até 5 anos.

Paes e Soranz deram as declarações hoje no telejornal Bom Dia Rio, da TV Globo. Ao ser questionado sobre possibilidade de antecipar período de vacinação infantil, o prefeito do Rio foi taxativo. “Estou sempre pressionando o Daniel, "vamos antecipar vamos antecipar". O que Daniel faz é acompanhar as vacinas que chegam do governo federal”, disse Paes, explicando que o secretário mensura a quantidade de doses a serem entregues para, em seguida, trabalhar em calendário de imunização contra a doença.

Soranz concordou com o prefeito e completou. "O prefeito cobra antecipação de vacinação das crianças. Mas infelizmente o Ministério da Saúde não se planejou como deveria”, comentou o secretário.

Ele explicou que, mesmo com capacidade de vacinação da gestão municipal, a quantidade de vacinas prevista para ser entregue só permite uma imunização escalonada até fevereiro, aos poucos, a depender da chegada das doses. “Temos capacidade instalada para vacinar 130 mil crianças por dia. Poderíamos vacinar todas as crianças em uma semana”, afirmou ele, salientando, no entanto, que no momento isso não é possível, pois não há previsão de entrega de doses suficientes para imunizar essa faixa etária, em período de uma semana.

Ao falar sobre imunização contra covid-19 no Rio, Paes ressaltou ainda que a vacinação é a melhor arma para enfrentamento da pandemia. “Não vamos poupar recurso nesse momento para vacinar”, garantiu.

Ambos foram questionados sobre possível capacidade de atendimento em rede de saúde, caso ocorra aumento de internações com a atual explosão de casos de covid-19 na cidade do Rio, que coincidiu com chegada da variante ômicron, mais transmissível e atualmente com transmissão local na cidade.

“Caso haja [aumento de] internação, temos a rede pronta para atendimento”, disse Paes. No entanto, ambos comentaram que poucas pessoas se encontram internados, na rede municipal de saúde pela doença. Em atualização no Painel Rio Covid-19, site disponibilizado pela prefeitura para mensurar evolução da doença na capital fluminense, atualmente são 35 internados por covid-19, na rede pública municipal.

Soranz mencionou o deslocamento de 400 profissionais de saúde a partir da semana que vem para auxiliar em testagem e vacinação contra covid-19. Ele informou que, no começo do ano, muitos profissionais da área tiveram que ser afastados por terem testado positivo para a doença.

No jornal, Paes foi questionado ainda se, caso a pandemia se agrave muito na cidade, isso na prática não poderia conduzir a retorno de restrições de circulação social, na capital fluminense. Ele informou que as recomendações sobre esse tema são feitas pelo Comitê Científico que a prefeitura consulta para definir ações contra a pandemia.

No entanto, comentou que, mesmo com a retirada de obrigatoriedade de uso de máscaras em locais abertos, no ano passado, na cidade do Rio, a população carioca continuou a usar máscaras, nas ruas. “Essa consciência coletiva é muito importante”, afirmou.

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Fonte: Valor Econômico

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