Prefeito de Capitólio diz que nunca foi feita análise de risco no cânion

Por Redação em 09/01/2022 às 20:23:08

Especialista em gerenciamento de risco Gustavo Cunha contestou a fala do prefeito e disse que a região deveria ter, sim, um plano de emergência Ao ser questionado por jornalistas, durante entrevista coletiva realizada neste domingo (9), o prefeito de Capitólio (MG), Cristiano Geraldo da Silva (PP), admitiu que um estudo de análise de risco geológico nunca foi feito no local onde ocorreu o desabamento do paredão de rocha. O acidente deixou dez pessoas mortas e outras dezenas de vítimas feridas.

"Nós temos uma lei, no município, que regimenta o funcionamento nos cânions, a permanência de lanchas, as pessoas nadarem ali... A Marinha tem as suas legislações que regulamentam o ordenamento costeiro. Então, todos esses pontos já estão sendo trabalhados pela Marinha em relação ao ordenamento", acrescentou, em seguida.

Em entrevista à GloboNews, o especialista em gerenciamento de risco Gustavo Cunha contestou a fala do prefeito e disse que a região deveria ter, sim, um plano de emergência.

Ao todo, quatro embarcações sofreram impacto - direta e indiretamente - após o desabamento do bloco de rocha.

Ao menos 30 vítimas foram atendidas e liberadas, sendo 23 na Santa Casa de Capitólio, quatro na Santa Casa de São José da Barra, duas na Santa Casa de Piumhi e uma na Santa Casa de Passos. Duas seguem hospitalizadas: uma em Piumhi e outra em Passos, ambas com quadro de saúde estável.

O Corpo de Bombeiros informou ainda que atua no local com apoio de cerca de 40 militares, uma equipe de mergulhadores especializados e uma aeronave Arcanjo 08, caso seja necessária a transferência de uma das vítimas para Belo Horizonte. O trabalho de mergulho foi interrompido agora à noite, em razão de segurança das guarnições, mas os trabalhos de busca devem continuar.

Os corpos das vítimas serão encaminhados para IML de Passos, onde será feito exame necroscópico para saber a causa de morte, para saber se houve afogamento, politraumatismo contuso e exame toxicológico.

Fonte: Valor Econômico

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