Preço da gasolina recua novamente nos postos nesta semana; diesel tem alta de 0,44%, aponta ANP

Por Redação em 01/04/2022 às 18:48:12

Entre 27 de março e 2 de abril, o preço médio do litro da gasolina recuou 0,11%; diesel registrou alta de 0,44%%. Posto de combustível em Ribeirão Preto, SP

Reprodução/EPTV

O preço médio do litro da gasolina recuou 0,78% nos postos do país nesta semana, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (25) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).O litro do combustível foi de R$ 7,210 para R$ 7,202, uma queda de 0,11%;

O preço do diesel, por outro lado, passou de R$ 6,564 a R$ 6,593 nesta semana, de acordo com a pesquisa semanal da ANP. A alta foi de 0,44%.

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Mudanças na política de preços

O mercado segue de olho em medidas do governo para conter a alta dos preços dos combustíveis para os consumidores. Sem consenso para a análise, o Senado adiou na quarta-feira (9), pela terceira vez, a votação de dois projetos com o objetivo de conter a alta de preços dos combustíveis

Desde 2016, a Petrobras passou a adotar para suas refinarias uma política de preços que se orienta pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.

O presidente Jair Bolsonaro, mirando a campanha à reeleição, tem indicado, porém, que não deve deixar a estatal brasileira repassar integralmente a alta do petróleo no mercado internacional aos preços do mercado interno. Na segunda-feira (7), ele disse que a paridade da empresa com os preços internacionais "não pode continuar".

O petróleo Brent, principal referência internacional, já acumula alta de mais de 40% no ano, e chegou a alcançar US$ 139 na segunda-feira (7).

De acordo com o sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, mesmo com o novo reajuste, a defasagem ante a paridade de importação ainda é em torno de 20% (estava em -31,6% em 07/03) no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras no Brasil e de 19% (estava em -34,1% em 07/03) no diesel.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) classificou o reajuste desta quinta-feira como "inadmissível” e "mais uma demonstração da falta de respeito do governo Bolsonaro e da gestão da Petrobras", uma vez que foi anunciado enquanto estava em votação no Senado Federal projeto de lei para a estabilização dos preços dos combustíveis.

"Desde a adoção do Preço de Paridade de Importação (PPI), em outubro de 2016, a gasolina e o óleo diesel, na refinaria, tiveram reajuste de 157%, ante uma inflação de 31,5% no período. No gás de cozinha, a alta acumulada foi ainda maior, de 349,3%", afirmou, em nota, a FUP.

Fonte: G1

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