Novo estilo de vida tem esteio na casa

Por Redação em 13/05/2022 às 00:53:33

Tendência do pós-pandemia, a procura por moradias em condomínios horizontais explode no Rio de Janeiro e representa busca por mais espaço e liberdade A opção por um novo estilo de morar, que contemple es-paço, natureza, segurança e conveniências, reavivou nos brasileiros o desejo de viver em casas — e a indústria da construção civil está apostando suas fichas nesse segmento. Segundo pesquisa da Associação Brasileira para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico (Adit Brasil) e da Brain — Inteligência Estratégica, as casas em condomínios fechados estão em terceiro lugar no quesito “produtos imobiliários a serem investidos em 2022”, perdendo apenas para loteamentos residenciais e os residenciais verticais.

No Rio de Janeiro, essa tendência vem movimentando o mercado com a disputa entre incorporadoras e construtoras pelos lançamentos de condomínios com as mansões mais sofisticadas. Só para se ter uma ideia do peso desse produto no setor imobiliário carioca, para atender à grande demanda por casas e mansões, a G+P Soluções abriu um braço interno apenas para gerenciar esse tipo de construção em bairros como Barra da Tijuca, Gávea e Jardim Botânico, além de Búzios e da Região Serrana.

“A demanda cresceu muito, especialmente na pandemia. Em 2021, tivemos uma alta de 320% nesse segmento em relação ao ano anterior”, conta Sylvio Pinheiro, diretor da G+P. Um dos motivos, avalia ele, é a ressignificação da moradia pós-pandemia.

“Antes, gerenciávamos a construção de uma a duas casas simultaneamente. Os clientes consideravam trabalhosa a manutenção de uma casa, além de ser onerosa”, acrescenta. Além da mudança na percepção de valor de morar em uma casa, Pinheiro ressalta que a possibilidade de maior retorno do investimento também vem contribuindo para o crescimento desse segmento de mercado.

Eric Labes, CEO da Start, corrobora a análise e avalia que os preços das mansões no Rio atingiram uma valorização de mais de 100% nos últimos dois anos. “O isolamento social mudou o estilo de morar das famílias, e a casa ganhou novo senti-do”, afirma Eric Labes.

A Start lançou em maio do ano passado o empreendimento Mansões Rio Mar, no condomínio Rio Mar, na Barra da Tijuca. São 12 mansões de 450 metros quadra-dos e seis suítes, com valores a partir de R$ 3,2 milhões. O VGV é de R$ 40 milhões. A empresa oferece financiamento próprio e, segundo o empresário, 50% do empreendimento foi comercializado por essa modalidade. Apenas duas mansões ainda não foram vendidas, mas a Start já recebeu várias propostas para o negócio.

Na opinião de Labes, a escassez de terrenos para a construção de casas de alto luxo é outro fator que contribui para a maior rentabilidade do imóvel. “Os terrenos para construção de casas são ativos cada vez mais raros.

”Gerente Comercial da Avanço Mansões Personalizadas, Júlio Borges destaca que, com a grande valorização desse tipo de empreendimento, os clientes invariavelmente optam por vender o imóvel atual e comprar um novo. Não investem mais em reformas.

“O público consumidor de alto padrão está sempre em busca de mais conforto e sofisticação. Deseja morar em uma casa com projeto assinado por arquitetos de renome e com requinte no acabamento. E a velocidade das mudanças no desenvolvimento da arquitetura é um grande estímulo à aquisição de uma nova casa. Então, o cliente aproveita esse bom momento de valorização do mercado, vende o imóvel e compra outro.

”A Avanço investe em unidades prontas e em construção nos condomínios de alto luxo na Barra da Tijuca, como o A lphaville. As propriedades chegam a ter 654,33 metros quadrados, com até cinco suítes, espaço gourmet, sauna e piscina com hidromassagem, entre outras comodidades. É possível optar por uma casa pronta ou personalizada, escolhendo os detalhes com a equipe de arquitetura da construtora. As mansões disponíveis custam a partir de R$ 6,9 milhões.

Dentro dessa nova tendência do mercado, a D2J Construtora está lançando na Barra da Tijuca um condomínio com casas de luxo, o Barra Park Houses. São 20 casas de alto padrão, entre as avenidas das Américas e Salvador Allende, com 265 a 320 metros quadrados, todas de três pavimentos, três suítes, piscina e churrasqueira. “Os lotes são generosos e permitem a construção de unidades amplas e sofisticadas", afirma o diretor Daniel Afonso. O valor das unidades é a partir de R$ 2 milhões.

Preferência está atrelada ao quesito segurança

Sistemas de vigilância modernos que usam tecnologia de ponta, como câmeras colocadas em locais estratégicos, portaria automatizada e controle de acesso, ajudam a garantir proteção aos imóveis

As portarias têm sistemas de monitoramento para controlar o acesso de moradores e visitantes

START/DIVULGAÇÃO

O quesito segurança sempre foi o item de maior peso na decisão do consumidor de alto padrão sobre morar em condomínios de casas. Mas, de acordo com os empresá-rios do segmento, a busca por mais conforto, contato com a natureza e maior convívio familiar vem superando os receios quanto a essa questão. Principalmente, porque os atuais projetos de segurança dos condomínios são absolutamente modernos e tecnológicos.

Os sistemas de monitoramento operam de forma eficiente e garantem a proteção e a máxima privacidade dos moradores. São muitos protocolos de segurança implantados, como câmeras de vigilância em pontos cruciais para o monitoramento, portaria 24 horas e controle de acesso.

“Muitos projetos de segurança oferecem itens que vão além das câmeras. O sistema é exclusivo para cada casa e, a partir do projeto de arquitetura, a empresa de segurança identifica todos os pontos cegos da propriedade, por meio de uma visão 3D, e estabelece rotas de fuga”, explica Sylvio Pinheiro, diretor da G+P Soluções.

Segundo ele, existe ainda monitoramento com alarmes silenciosos ou sonoros. “Se o morador quiser, pode ter também o quarto do pânico, compartimento que não aparece no projeto e que conta com ar-condicionado, telefone e energia elétrica separados da casa, para que ninguém saiba que ele existe”, informa Pinheiro, citando ainda os itens blindados.

Fonte: Valor Econômico

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