China condena Canadá por veto a Huawei e ZTE
Pequim prometeu tomar as medidas necessárias para proteger as empresas chinesas A China condenou a decisão do Canadá de vetar o uso de tecnologias e equipamentos das empresas Huawei e ZTE em suas redes 5G. Pequim chamou a decisão de "infundada" e prometeu, em resposta à decisão, agir para ajudar as empresas locais.
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"A China se opõe firmemente ao veto, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, em entrevista coletiva. “Vamos tomar todas as medidas necessárias para proteger as empresas chinesas”.
A decisão de proibir equipamentos e tecnologias da Huawei e a ZTE no Canadá ocorreu no mesmo dia em que a China suspendeu uma proibição de três anos às importações canadenses de canola.
As relações entre os dois países estão estremecidas desde 2018, quando o Canadá prendeu, a pedido dos Estados Unidos, Meng Wangzhou, diretora financeira da Huawei.
Isso marcou o início de uma grande crise entre os dois países, conhecida como "diplomacia de reféns", com a detenção na China de dois canadenses, o ex-diplomata Michael Kovrig e o empresário Michael Spavor.
Já em março de 2019, as autoridades chinesas revogaram a licença do maior produtor agrícola do Canadá, Richardson, e da empresa Viterra Inc. A medida foi vista como uma retaliação de Pequim pela detenção de Meng Wanzhou no Canadá.
A situação só começou a se resolver em setembro de 2021, depois que Meng chegou a um acordo judicial com os promotores dos EUA por acusações de fraude. Dois dias depois, Kovrig e Spavor foram libertos e voltaram ao Canadá.
Jason Alden/Bloomberg
Fonte: Valor Econômico